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OPINIÃO: Receita brusquense para geração de empregos poderia ser exemplo para o Brasil

Editorial: Força de emprego Na sexta-feira passada o jornal O Município publicou a matéria “ Brusque registra saldo positivo de empregos em março apesar de agravamento da pandemia”. Segundo esta reportagem, todos os setores tiveram mais admissões do que demissões no mês com a indústria liderando as estatísticas. Desde o início do ano estamos registrando […]

Editorial: Força de emprego

Na sexta-feira passada o jornal O Município publicou a matéria “ Brusque registra saldo positivo de empregos em março apesar de agravamento da pandemia”. Segundo esta reportagem, todos os setores tiveram mais admissões do que demissões no mês com a indústria liderando as estatísticas.

Desde o início do ano estamos registrando aumento na geração de empregos, sendo 682 em janeiro, 833 em fevereiro e 745 em março. Este expressivo crescimento foi considerado como “fora da curva” pela presidente da Acibr, Rita Conti.

Segundo o IBGE, para cada emprego formal gerado no Brasil, mais três são gerados informalmente. Nesta conta, só nos três primeiros meses deste ano Brusque teria um impacto de quase sete mil empregos (formais e informais).

Este número só não é maior porque muitas das vagas disponíveis não são preenchidas. Para se ter uma ideia, em abril, o Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Brusque chegou a anunciar 500 vagas de empregos disponíveis. Só a empresa MR3, que é responsável logística das lojas Torra Torra anunciou 40 vagas de uma só vez.

Estes números mostram um cenário de pleno emprego por aqui, com oportunidades nas mais diversas áreas. O bom desempenho vem alinhado com os resultados de Santa Catarina, que também mostrou uma reação positiva na economia com recuperação econômica, registrando uma ampliação de mais de 86 mil postos formais de trabalho neste primeiro trimestre.

Esta realidade de Brusque e Santa Catarina é completamente à margem da realidade brasileira que vem aumentando o número de desemprego com mais de 14 milhões de pessoas nesta condição, projetando para 2021 a 14ª maior taxa de desemprego do mundo, ocupando assim a 22ª colocação do ranking mundial.

Mas mesmo sendo uma ilha de desenvolvimento neste mar revolto, precisamos ficar atentos as questões macro que levaram a esta crise. Segundo a consultoria Austin Rating o que mais contribui é a questão fiscal, a ausência de reformas e demora na questão da imunização contra a Covid-19, que afetam a confiança de investidores e empresários e atrasa o processo de recuperação do emprego.

Se há falta confiança a nível nacional, por aqui ela continua forte, mesmo com uma conjuntura tão adversa

E se há falta confiança a nível nacional, por aqui ela continua forte, mesmo com uma conjuntura tão adversa. Nosso povo acredita no trabalho e empreendedorismo como forma de enfrentar a crise. Estes pilares sempre fizeram parte de nossa cultura e talvez por isso estamos em pleno desenvolvimento. Não acreditamos que a solução vai vir de Brasília e por isso tentamos saídas que estão a nosso alcance.

Pode parecer uma solução míope, e até mesmo ingênua, mas por enquanto vem funcionado. Sabemos arregaçar as mangas e trabalhar, temos entidades de classe atuantes e um governo local mais sintonizado com a sociedade. Eis aí a receita brusquense que poderia ser utilizada em todo Brasil e assim ajuda-lo a sair deste buraco.