Em tempos de economia turbulenta, vem a reflexão: estarei atuando no negócio certo? Que produtos e serviços continuarão a ser consumidos? Quem é e onde está o meu cliente? Qual é o meu foco: qualidade ou preço? Se você gera produtos e serviços que são consumidos em cidades interioranas, o estudo do IPC Maps, desenvolvido pela empresa especializada em informações de mercado, IPC Marketing Editora, traz boas notícias ao apontar que o maior potencial de crescimento de consumo está no interior do país.
Segundo o estudo, o fenômeno da interiorização do consumo já é uma realidade brasileira, alcançando em média 54,0% de tudo que será consumido pelos brasileiros em 2015. A maior participação do interior no potencial de consumo ocorre na Região Sul, chegando a 66,2%. Santa Catarina é o sétimo maior estado consumidor do País, com 4,6% de participação, e é onde o interior tem maior presença no potencial de consumo: os municípios do interior catarinense passaram de 78,3% do total de consumo do Estado em 2010 para 79,9% em 2015. Brusque está na 7ª posição, atrás apenas de Joinville, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Itajaí e Jaraguá do Sul. Os dados do estudo apontam que a movimentação dos recursos tem evoluído para as cidades interioranas e também revelam para onde está indo o crescimento.
Nossa economia não está em seus melhores momentos, mas isso não significa que não vale a pena investir, embora convenha estar atento aos sinais do mercado, aos cenários e à economia, não só a brasileira, mas também mundial. Dados como os divulgados pelo estudo mencionado podem contribuir para que se trace um novo horizonte de oportunidades competitivas na geração de consumo por produtos e serviços. Nas palavras de Marcos Pazzini, do IPC Maps, se este ano já está difícil para que se consiga atingir os objetivos comerciais, devido à insegurança dos brasileiros em adquirir produtos e serviços em um momento de incerteza de emprego e manutenção dos salários, para as empresas o cenário tende a se agravar se elas insistirem em focar nos mercados que não estão em crescimento. É preciso analisar as possibilidades ante as variações ocorridas no comportamento do mercado consumidor.
A análise de dados sobre concorrência, consumo, tendências e cenários para definir políticas e processos na busca por crescimento e inovação, aliados ao planejamento estratégico, auxiliam as empresas a definir rumos. Há investidores que enxergam na crise a oportunidade e diversos setores continuam lucrativos mesmo em épocas de vacas magras. Alguns mercados tendem a resistir bem em qualquer cenário econômico, como, por exemplo: os negócios voltados para o consumo de bebidas alcoólicas; cosméticos; lazer; cuidados com a saúde; alimentação saudável; oficinas, turismo doméstico e o mercado de luxo. Há empresas que não estão em dificuldade, estão trabalhando a pleno vapor e continuam crescendo.
Nosso mercado interno é grande, não vai desaparecer. Ainda assim, empresas vão quebrar e é provável que multinacionais – que olham o país a médio e longo prazo -, aproveitem para avançar no Brasil para ganhar dinheiro. Grandes grupos vão encolher e empresas venderão ativos por necessidades, em função do seu endividamento, pois quando se tem queda de receita, a proporção da dívida em relação ao faturamento aumenta. Apesar disso, a maioria das empresas vai sobreviver e ao final do processo estarão fortalecidas. Segundo projeções econômicas, em 2017 voltaremos a crescer.
O Brasil vai dar a volta por cima, e vai ser rápido!