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Oposição na Câmara: Ari Vequi começa 2023 com maior desafio político do mandato

O prefeito Ari Vequi (MDB) começa 2023 com o desafio de lidar com uma Câmara de Vereadores menos alinhada ao governo. Até agora, o então presidente Alessandro Simas (PP) foi um fiel escudeiro, causando pouco ou nenhum empecilho à tramitação de projetos e à acomodação de cargos de aliados na Câmara. O cenário mudou. Se […]

O prefeito Ari Vequi (MDB) começa 2023 com o desafio de lidar com uma Câmara de Vereadores menos alinhada ao governo. Até agora, o então presidente Alessandro Simas (PP) foi um fiel escudeiro, causando pouco ou nenhum empecilho à tramitação de projetos e à acomodação de cargos de aliados na Câmara.

O cenário mudou. Se nenhuma surpresa acontecer, Ari contará com seis vereadores na base e nove, em tese, na oposição. O governo terá dificuldade para lidar com questões políticas, inclusive para acomodar os servidores exonerados, que são indicações de aliados na Câmara.

Desde quando era vice-prefeito, Ari nunca ficou por muito tempo sem a base na Mesa Diretora da Câmara. Talvez o maior período foi quando o ex-vereador Gerson Luis Morelli, o Keka, teve uma passagem relâmpago pela presidência em 2020, de dois meses e meio.

Agora, a oposição tem a maioria no Legislativo e está no poder por, pelo menos, um ano. Ex-aliado de Ari, o vereador André Vechi (DC), novo presidente da casa, até tentou conseguir apoio do prefeito, mas não teve sucesso, e o governo articulou nos bastidores para evitar que André fosse eleito.

Embora se autodenomine como “independente”, na prática, o grupo é oposição. Isso já ficou claro, principalmente em meio à conturbada eleição da Mesa. Resta saber de qual forma o grupo vai responder à prefeitura. O presidente já deixou claro que não tem compromisso político com o prefeito, mas promete não deixar a oposição “sacanear”.

Porém, de fato seria difícil convencer André a manter, por exemplo, Daniela Fuzon Bosio, esposa de Jones Bosio, no cargo de chefe de Gabinete da Presidência. André não esconde ser desafeto de Jones. Cargos de Jean Pirola (PP), vereador forte da base, também não ficaram fora da lista de exonerações.

Vale lembrar que André era diretor da antiga Secretaria de Governo e Gestão Estratégica de Ari, junto com William Molina. Rogério dos Santos (Republicanos) já foi da base. Jocimar dos Santos (DC), secretário de Desenvolvimento Social. Deivis da Silva (MDB) é do partido de Ari. Todos estão na oposição atualmente, mas por que?

Não dá para negar que há interesses políticos do grupo visando as eleições de 2024, com vereadores que até já citaram cassar o prefeito em áudio vazado, sem detalhar o motivo. Mas foi de pouco em pouco que Ari perdeu a base.

Ari perdeu um vereador, depois outro, depois outro e depois outro. E assim foi, até perder a presidência da Câmara. O prefeito e seus interlocutores precisam ter capacidade de diálogo e sensibilidade para ter governabilidade. Ari terá que mostrar a raiz emedebista para reconquistar a Câmara.

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