Órgão do governo de SC é contra aumento do limite de velocidade na rodovia Antônio Heil

Parecer foi assinado dois dias antes de encontro entre prefeito e governador que tratou do assunto

Órgão do governo de SC é contra aumento do limite de velocidade na rodovia Antônio Heil

Parecer foi assinado dois dias antes de encontro entre prefeito e governador que tratou do assunto

A Coordenadoria Regional de Infraestrutura no Vale do Itajaí, órgão do governo do estado, se manifestou contrária ao aumento do limite de velocidade da rodovia Antônio Heil (SC-486). Está em análise a possibilidade de passar o limite para transitar na rodovia, que corta Itajaí e Brusque, de 80 km/h para 100 km/h. O parecer foi assinado em 11 de março.

A falta de vias marginais e a presença de comércios, indústrias e residências ao longo da rodovia são argumentos da coordenadoria para posição contrária ao aumento do limite de velocidade.

Consta no documento ainda que a rodovia Antônio Heil passou por estudos recentemente e que os fatores mencionados pela coordenadoria “certamente”, diz o documento, foram levados em consideração.

“A equipe técnica da Coordenadoria Regional de Infraestrutura no Vale do Itajaí (CRVal) é contra o aumento de velocidade na rodovia sem que haja estudos e projetos para este fim”, manifesta a coordenadoria, em parecer assinado pelo engenheiro civil Elber Filipe Pereira.

Encontro entre prefeito e governador

Dois dias após o parecer da coordenadoria, o prefeito de Brusque, André Vechi (PL), se reuniu com o governador Jorginho Mello (PL). Ele relata que o chefe do Executivo estadual se comprometeu a verificar a viabilidade técnica para aumento da velocidade de 80 km/h para 100 km/h na rodovia.

No entanto, até o dia 17 de abril, nenhuma outra informação sobre a possível análise do governador foi divulgada. A demanda parte de entidades de Brusque e Itajaí, municípios em que a rodovia atravessa.

Prefeito André Vechi (esq.), governador Jorginho Mello (ao centro) e vice-prefeito Deco Batisti (dir.). Foto: Divulgação

No ano passado, sindicatos das duas cidades solicitaram ao governo do estado que o limite de velocidade para carros, camionetas e motocicletas passasse para 110 km/h, e para os demais veículos, 90 km/h.

A partir da demanda dos sindicatos, a 3ª Companhia de Polícia Militar Rodoviária (PMRv) de Santa Catarina se manifestou no ano passado contrária ao aumento do limite de velocidade. A PMRv alega que limites de velocidade são estabelecidos seguindo critérios técnicos.

“O tema velocidade é muito sério. O que deve-se abordar não é o número de multas, mas os 34 mil óbitos que tivemos no Brasil em 2022, a cultura do não cumprimento das regras de trânsito”, alegou a PMRv na época.


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