Orides Kormann (MDB) apresenta propostas para governar Guabiruba

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Orides Kormann (MDB) apresenta propostas para governar Guabiruba

Confira o resumo da entrevista com o candidato a prefeito da cidade

Idade: 68 anos
Naturalidade: Guabiruba
Profissão: Aposentado
Grau de instrução: Ensino Médio completo
Número na urna: 15

Orides Kormann (MDB) concorreu pela primeira vez ao cargo de prefeito em 1988, não sendo eleito. Ele foi candidato novamente em 1992, quando foi eleito prefeito de Guabiruba. Concorreu ao cargo em 2000, quando perdeu, e nos próximos dois pleitos, em 2004 e 2008, foi eleito. Em 2016 se candidatou novamente e ficou em segundo lugar.

Em sua trajetória, Kormann também trabalhou como assessor parlamentar da deputada estadual Dirce Heirdercheidt.

Se preferir, ouça a entrevista no podcast do jornal O Município no player abaixo

Na entrevista, Kormann falou sobre as obras importantes para o avanço da cidade economicamente, além de propostas para saúde, educação, mobilidade, entre outros.

Assista entrevista na íntegra

Confira os principais trechos da entrevista.

O senhor já foi prefeito de Guabiruba por três mandatos. O que o eleitor pode esperar caso vá para a quarta administração? 

Administrei Guabiruba de 1993 a 96 e de 2005 a 2012, e a gente sempre procurou atender bem nossa população. E, nesse momento, não vai ser diferente. A partir de 2021, nosso foco vai ser o povo guabirubense, independente de classe social. A grande diferença é que vou vir com muito mais maturidade, experiência, para fazer uma Guabiruba cada vez melhor.


Vocês propõem elaborar projeto e buscar recursos para a construção do novo hospital municipal. Acredita na viabilidade financeira desse projeto?

Estamos muito preocupados com a Saúde em Guabiruba, é uma das grandes reclamações que a gente tem no dia a dia quando fazemos visitas às casas, principalmente o atendimento hospitalar. Tem que abrir esse hospital 24 horas, tem que fazer internações, como a gente fazia anteriormente. Não adianta nosso pessoal sempre se deslocar ao Azambuja. Isso seria o primeiro passo. Eu e o Cesário (Martins, candidato a vice), conversamos com a administração do Azambuja para eles administrarem o hospital de Guabiruba. A parceria vai acontecer com toda certeza. Hoje, o Azambuja, das emergências que recebe, 30% são de Guabiruba, e olha o deslocamento todo. Queremos que casos pequenos para resolver, fiquem em Guabiruba.

Com toda certeza, vamos iniciar o hospital, não sei se vamos terminar, mas já conversamos com deputados estaduais e federais e vamos atrás de recursos para tirar esse hospital do papel. Esse hospital, quando concluído, temos que procurar parcerias. O poder público não pode querer administrar sozinho, tem que ter parcerias, terceirizando umas partes.


A prefeitura rompeu com a Casan e concedeu o serviço de tratamento de água para a empresa Atlantis. Concorda com a medida? O que precisa melhorar nessa área?

A Casan realmente deixou a desejar em alguns pontos, principalmente no tratamento de esgoto, ampliação da rede e captação, mas estávamos negociando com eles. Em 2010, queria municipalizar a água, mas tinha minoria na Câmara e acharam melhor que não. Continuamos um tempo mais com a Casan, e agora a prefeitura privatizou a Casan. O contrato de 30 anos (com a Atlantis) acho muito longo. E, hoje, não tenho medo de errar, o tratamento está pior do que com a Casan. Precisa fazer alguma coisa. A empresa veio para Guabiruba, então tem que investir. Eles já sabiam a situação. A gente vai cobrar, sentar com a empresa e saber o quanto eles vão investir. Se a empresa achar por bem que não quer investir, vamos ver a parte legal.


Você prevê a concessão de incentivos para a instalação de um abatedouro municipal. Qual o objetivo dessa medida? 

O abatedouro já é uma discussão de longa data. Às vezes, o local não é adequado, em outras, o Meio Ambiente é contra a instalação. Guabiruba já tem diversas pessoas com abatedouro iniciado. De repente, por que não fazer uma parceria com essas pessoas e a prefeitura só dá um incentivo? Se precisar, a gente já conversou também com Botuverá, que tem abatedouro municipal. Queremos fazer um abatedouro público, onde todos os colonos podem trazer o gado, suíno, caprino para abater naquele local, com uma taxa bem baixa para manutenção.


Quais obras acredita são prioritárias para incentivar o crescimento de Guabiruba?

Temos que ter um melhor acesso para o município. A gente tinha um projeto de sair do teleférico em direção a Guabiruba pelo morro, era uma obra viável, inclusive o projeto existiu, o dinheiro estava na conta, mas a obra foi embargada. A rua que dá para sair da rua Evaldo Fischer em direção à Varginha e vem para o Rio Branco, onde futuramente era para sair na Beira Rio, a gente tem que fazer urgente para não ter construções. Tem que melhorar o nosso acesso para Gaspar, tem que sentar com o prefeito para ver uma alternativa junto com o governo do estado. Temos que sentar com empresários e setor produtivo para discutir alternativas, fazer bons projetos e correr atrás de recursos.


A prefeitura vem fazendo estudos para implantação do transporte público nos últimos anos. Você é favorável? Qual seria o modelo ideal?

Transporte público realmente é necessário, porque hoje é muito mais fácil sair do Lageado, Guabiruba Sul e São Pedro e vir para Brusque do que passar pelo Centro, e lógico que nosso comércio central sofre com isso. Primeiro passo é sentar com a empresa que tem a concessão intermunicipal e ver se tem interesse de fazer o trabalho. Se essa empresa não tiver interesse, aí sim abrir uma licitação e convidar quem tem interesse. Mas tem que ser bem feito para não dar problemas futuros como a gente vê em outros municípios. Não é uma solução muito fácil, tem que ser pensada e bem discutida. 


A população cobra, com frequência, a pavimentação de ruas de terra no município. Você acredita que consegue acelerar o processo? Qual seria o modelo do seu governo para realizar pavimentações?

Quando prefeito, principalmente entre 2005 e 2012, pavimentamos muitas ruas secundárias, todas gratuitamente, e é um projeto que quero continuar. Não vejo porque a população, que paga tantas impostos, quando precisa de pavimentação, tem que tirar dinheiro do bolso para isso. Será que é justo? Não vejo. Atualmente, a prefeitura comenta que pavimentou bastante ruas, só que inauguraram ruas que o povo pagou. Vamos voltar a pavimentar como sempre fazemos e continuar as que eles iniciaram, não é justo largar uma obra, tem dinheiro público e precisa ser respeitado.


Depois que o senhor deixou a prefeitura, o Ministério Público ajuizou algumas ações acusando o senhor de improbidade. Em uma delas foi absolvido, mas em outras duas teve condenação em primeira instância. O que tem a dizer ao eleitor sobre esses processos?

Se eu tivesse condenação, não poderia ser candidato. Minha candidatura foi homologada, estou tranquilo a respeito disso. Houve muitas denúncias de vereadores que fizeram parte da administração, mas fizeram depois que fui para reeleição. Pergunto: onde estavam os vereadores, que sabiam da situação, e não agiram? Foram só buscar pagamento?

Quando assumi a prefeitura, a população, os funcionários e esses vereadores também sabem, recebi uma prefeitura quebrada, sem ônibus funcionando, sem licitação em aberto, sem dinheiro nas contas. Então, fomos obrigados a agir, não poderia parar o município por 90, 120 dias, porque seria omisso, e a população não merece. Comprei combustível, merenda, remédio. Se recebesse a prefeitura do mesmo jeito que recebi em 2005, faria a mesma coisa. Posso falar que, cada vez que deixei a prefeitura, deixava em uma situação confortável, com dinheiro no caixa. O povo tem que ver porque foi feito isso, porque fiz compra sem licitação. Denúncias eleitoreiras vão haver sempre. O prefeito que não tem coragem de fazer o que fiz, que fique em casa, tem que ter pulso e não pode ser omisso.


O seu plano de governo fala em ampliar e melhorar as unidades de ensino do município. Neste sentido, quais as principais necessidades na educação neste momento?

Se o espaço físico for bom, bonito e bem cuidado, o aluno tem mais vontade de ir. Uma escola que estava bem debilitada era a Vadislau Schmitt, não sei se já estão fazendo reforma, porque é a hora de fazer reforma, não está tendo aula. A escola Lageado Baixo, falta bastante reforma. Vamos procurar dar um espaço físico adequado, com muita qualidade para que o professor e aluno se sintam bem acolhidos, com bastante vontade de voltar.


Na área do esporte, pretendem criar um Centro de Eventos municipal. Já há um local pensado para fazer esta obra? Como viabilizar?

O Centro de Eventos tem que ser realidade. Inclusive chamamos o deputado Carlos Chiodini para uma live e ele se comprometeu de conseguir recursos a nível federal, o Peninha reforçou também reforçou e comprou nossa ideia. Vai ser na rua José Fischer, tem um terreno grande que é uma doação da Fábrica Renaux. Guabiruba hoje é grande, então precisamos desse espaço físico. A prefeitura não tem esse recurso, mas vai atrás.


 

Qual o volume médio de atendimentos de guabirubenses no Pronto Socorro no Hospital Azambuja?

De acordo com o hospital, o número de atendimentos de guabirubenses em Pronto Socorro e ambulatório no Azambuja gira em torno de 15% e 20% ao mês, menos do que os 30% informado pelo candidato.

A prefeitura privatizou a Casan em Guabiruba?

Não. A Prefeitura de Guabiruba assinou contrato de 30 anos com a Atlantis, que é a responsável por captar, tratar, distribuir e fazer um novo sistema de tratamento e de esgotamento sanitário em Guabiruba. Entre 2018 e 2020, a Atlantis foi prestadora de serviço da prefeitura após o fim do contrato com a Casan. Em janeiro de 2018, o prefeito Matias Kohler explicou que a decisão de não renovar aconteceu sob a alegação de má prestação de serviço.

Qual a situação da escola Vadislau Schmitt?

Segundo a diretoria, a escola precisa de apenas reparos de manutenção, como pintura e troca de pisos e não tem nenhum problema mais grave. A escola informou que a prefeitura os informou que esse trabalho será feito, mas não tem nada definida.


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