Os 13 porquês da queda de rendimento do Bruscão

Coluna mostra as falhas do time na reta final do Campeonato Catarinense e opina sobre o fim da associação de atletismo

Os 13 porquês da queda de rendimento do Bruscão

Coluna mostra as falhas do time na reta final do Campeonato Catarinense e opina sobre o fim da associação de atletismo

Os 13 porquês (da queda de rendimento do Bruscão)

1 Assédio de atletas antes do fim do campeonato. Equipes como Avaí e Chapecoense procuraram jogadores do Brusque em boa fase para acertar contratação, o que ocasionou falta de compromisso por parte de alguns ‘encaminhados’ na reta final do campeonato.

2 Falta de elenco. Exceto Michel Douglas, reserva do ataque com boas atuações, todas as vezes que Pingo precisou substituir alguém a peça não foi à altura do futebol dos titulares. Diogo Roque, Marrone, Alexandre Carvalho e Manú são exemplos de atletas com atuações abaixo do nível do time.

3 Desprestígio de atletas. Alguns nomes que mostraram capacidade, outros que tiveram poucas chances, foram deixados de lado por Pingo. O zagueiro Willames, que foi bem em suas partidas, nunca mais foi lembrado. O mesmo aconteceu com Marquinhos depois de sua recuperação.

4 Saídas sem contestação. Atletas com contrato simplesmente se desvincularam do clube, como o caso dos laterais Aélson, que nem chegou a se reapresentar no Brusque para a temporada, e Willian.

5 Estilo manjado. Depois do sucesso de Pingo com seu estilo que valoriza a posse de bola chamando o adversário para jogar, ele não soube atuar de outra forma. Com isso, os adversários manjaram o tipo de jogo e souberam anular as principais peças.

6 Improvisos. O volante Carlos Alberto na lateral-esquerda não deu certo em nenhuma partida, e mesmo com atletas da posição no elenco, Pingo insistiu no esquema com o jogador nesta posição.

7 Estrela apagada. Contratado com um dos maiores salários do elenco e lembrado pela boa atuação pelo Brusque em 2016, Assis teve um rendimento desastroso na temporada.

8 Individualismo. Atletas com ambições pessoais dentro do campeonato deixaram o ‘eu’ entrar na frente do ‘nós’.

9 Pouca ambição. Estar satisfeito com a impossibilidade de queda no campeonato e a vaga para a Série D 2018 é um fator que pode ser apontado. O time teve chances de ser campeão do returno, mas agora se contenta com pouco.

10 Defesa esburacada. O Brusque fez contratações excelentes do meio para a frente, mas esqueceu de pensar na defesa. Atualmente tem o pior setor do campeonato, com 30 gols sofridos em 16 jogos, quase dois por partida.

11 Desequilíbrio emocional. Expulsões de atletas que ficaram de cabeça cheia, como Alexandre Carvalho, Leílson e Cleyton mostraram certa fragilidade emocional durante as partidas.

12 Desfalques em momentos cruciais. E aí rebate na falta de elenco. As saídas de Mineiro, Ricardo Lobo, Cleyton e Belusso nesta reta final da competição culminaram nas partidas ruins.

13 Geração de expectativa. E aí também faço um mea-culpa. Empolguei, assim como muitos da imprensa regional e estadual empolgaram junto, o que gerou uma expectativa para cima do elenco que foi mais prejudicial do que benéfico.

Grana em dia
Coisa que muita gente deve estar pensando (e algumas pessoas confabularam nas redes sociais) é que o Bruscão está atrasando os salários, por isso os jogadores estão tirando o pé. A diretoria do clube fez questão de expressar que não falta pagar sequer um centavo, até mesmo de possíveis ‘bichos’ que foram ofertados durante a competição.

Fim da associação de atletismo
Repercutiu muito a extinção da Associação dos Pais e Amigos do Atletismo de Brusque (Apaab), que realizava um trabalho importante com atletas locais. É unânime que o esporte está sendo escanteado em Brusque. Na minha concepção, cada porta fechada à pratica esportiva é um caminho aberto para a criminalidade. O mundo das drogas agradece toda vez que uma associação esportiva deixa de existir.

 

 

Foto: Ricardo Ranguetti / Arquivo O Município

Época de ouro da Arena Brusque
Hoje desprestigiada e raramente lotada, a Arena Brusque teve um começo avassalador. Foi palco de Superliga de vôlei e também recebeu jogos da Seleção Brasileira de Futsal. Na foto está Falcão, que desfilou seu talento para milhares de brusquenses na partida contra o Japão, vencida por 4 a 0 pelo Brasil, em 2006.

 

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