Cazuza, 60 anos!
Cazuza teria comemorado seus 60 anos de vida na quarta-feira passada. Timing perfeito, percebe?
Neste último final de semana histórico e muito emocional, polarizadíssimo, trechos de suas letras foram compartilhados nas redes sociais, com muitos comentários sobre quão proféticas elas, as letras, são.
Talvez não seja o caso de serem profecias. Talvez seja apenas mais daquelas vezes em que a gente vê “o futuro repetir o passado“, nos movimentos previsíveis da nossa História.
Em todo caso, a gente comemora os 60 anos de Cazuza de um jeito justo: devolvendo a ele a relevância que muita gente tentou retirar, nas últimas décadas, talvez por fazerem uso, esses críticos a posteriori, de uma visão míope e distante.
A gente sabia, na hora, a quente, o quanto a poesia de Cazuza era importante. Nem é a figura controversa (e nada santa) dele que está em análise, mas suas músicas e letras, cravadas no momento exato e tão duráveis que estão sendo relembradas e revistas agora.
Por enquanto, a trilha do novo momento histórico vem diretamente do nosso passado. Com um amargor extra, por saber que alguns de nossos poetas não chegarem até aqui.
O tempo não para. E a vida é injusta.
Deixe o Bowie em paz, Xuxa!
Temos mais uma razão para desejar, mesmo sem a menor chance de sucesso, que nossos grandes ídolos fossem imortais.
Se estivesse vivo, duvido que David Bowie tivesse que passar pelo constrangimento de ver esses vídeos e fotos inspirados em suas personas. Sim, é a Xuxa. E… sim, é para a Vogue. Mais especificamente, para o programa Beauty Flash, de Max Weber, exclusivo da TV Vogue – canal de vídeos que faz parte do site da revista, em sua versão nacional.
Ok, a gente sabe que a “rainha dos baixinhos” é muito mais importante para muitos brasileiros do que o “camaleão do rock”. Mas suas relevâncias se dão em raias tão diferentes que não há a menor necessidade de sobrepor uma a outra. Cada um tem um peso icônico próprio.
Então… Xuxa, deixe o Bowie em paz!