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Os filmes do Oscar

  • Por Like
  • 18/02/2016
  • 15:24

 

Ponte dos Espiões

O filme Ponte dos Espiões, dirigido por Steven Spielberg, recebeu seis indicações ao Oscar: Melhor Filme; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Roteiro Original; Melhor Trilha Sonora; Mixagem de Som e Produção de Arte.

A história, baseada em fatos verídicos, se desenvolve em 1957, auge da Guerra Fria entre as superpotências EUA e URSS. O FBI espiona e finalmente prende um suposto espião soviético, Rudolf Abel (Mark Rylance), que vai a julgamento com direito de defesa exercido pelo advogado James Donovan (Tom Hanks). Para a surpresa geral, o advogado resolve levar a sério o caso, mesmo se tratando de um espião soviético, pois para Donovan “manter o espião vivo pode ser útil no futuro”.

De fato, quando um piloto americano é feito prisioneiro pelo regime soviético, a negociação de troca começa e o advogado é escalado para a missão. Enquanto Donovan tenta garantir que o espião tenha um julgamento justo, o filme mostra o que aconteceria se um espião americano fosse preso na União Soviética.

Para concluirmos, recomendo o filme, pois além de ter um ótimo roteiro (que nos transmite alguns detalhes novos sobre o conflito entre as duas potencias), é diferente da maioria dos filmes de Steven Spielberg, que dessa vez tentou equilibrar os dois lados da guerra ao invés de enaltecer a soberania norte-americana.

Gabriela Schwamberger – 16 anos – 2ª série do Ensino Médio

 

            Perdido em Marte

O filme Perdido em Marte, produção de Ridley Scott, narra a história de um astronauta deixado em Marte após uma missão fracassada devido a uma tempestade imprevista. Mark Watney, o protagonista interpretado por Matt Damon, precisa desenvolver técnicas para sobreviver nesse mundo totalmente desafiador e solitário no qual se encontra, até que algum contato com seus superiores, a NASA, seja feito e ele finalmente possa retornar para casa.

Explosões, naves espaciais e o espaço sideral se juntaram à aventura, ação e emoção, dando vida a um filme inquestionavelmente cativante e instigante – não é a toa que teve sua indicação ao almejado Oscar. O roteiro é pontualmente humorado e cercado de reviravoltas, trazendo um final esperado, mas não menos emocionante. Não me admira se chegar a ganhar o prêmio, e enquanto isso premia a nós, espectadores, com uma fantástica produção e curiosidade imensa por essas terras longínquas chamadas de Marte.

Lara Fischer – 16 anos – terceirão

 

            Carol

                Carol é um filme do diretor Todd Haynes baseado no livro The Price of Salt de Patricia Highsmith, de 1952. Em desenvolvimento há mais de 11 anos, o filme acabou por estrear no Festival de Cannes 2015, dando início ao seu sucesso irrefutável e ao longo caminho de premiações. Carol recebeu dezenas de prêmios na indústria do cinema e recebeu mais 6 indicações ao Oscar, entre eles o de melhor fotografia,  figurino, o roteiro adaptado e trilha sonora, todos estes de fantástica qualidade e perfeição, mais alguns pontos fortes deste longa-metragem.

O filme enigmático, sensual e sofisticado traz duas atrizes incríveis, Cate Blanchett, interpretando Carol Aird e Rooney Mara,interpretando Therese Belivet – ambas indicadas ao Oscar deste ano. As duas personagens por eventualidade se conhecem e, em um fluxo natural de diálogos e cenas, embarcam em uma relação cada vez mais intensa. Carol, a protagonista, através de sua amargura e frieza sedutora, arrasta a ingênua Therese para uma típica história de amor (nem tão comum assim) ambientada nos anos 50. E é neste ponto que mora uma das maiores criticas feitas pelo filme: a homossexualidade na década de 50, tida como um padrão de conduta que feria a moralidade social e legal, o que com o tempo fez com que Carol perdesse quase tudo na sua vida, fazendo-a entrar em colapso. Mas sendo uma mulher dura, Carol ergue a cabeça, enfrenta seu maior empecilho – seu ex-marido – e realiza o melhor final que o filme poderia ter… Sem sombra de dúvidas o modo como Cate Blanchett e Rooney Mara se entregaram em seus papeis, de forma tão fiel, original, fervilhante fazem delas as minhas favoritas aos prêmios de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante.

Pedro Rabelo de Araújo Neto -16 anos – terceirão

 

                Mad Max

Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller, resgata o espírito da saga dos anos 80 com sequências de ação marcantes e muitas referências à trilogia original. Com uma fotografia perfeita, o filme também inova na escolha de personagem principal: apesar do nome do filme, quem recebe o destaque é a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron), que ajuda Max (Tom Hardy), e está fugindo da ditadura de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne).

Todas as sequências de ação em quatro (ou duas) rodas foram feitas de verdade, sem auxílio de computação gráfica, o que faz o filme ficar ainda mais impressionante. Uma grande aposta para o prêmio principal do Oscar, já que recria perfeitamente o clima dos Mad Max anteriores e levou os filmes de ação a um novo nível, sendo diferente de quase tudo que é lançado atualmente.

 

Aléxia Melissa Hörner – 17 anos –  História FURB

 

 

                Divertida Mente

Desde que eu me conheço por gente, sou fã de cultura infantil, então, nesse mutirão, eu estava certo que ia pegar uma animação! E aqui estou eu com Divertida Mente, um filme que aparece duas vezes na lista de indicações do Oscar: Uma como ROTEIRO ORIGINAL e outra como ANIMAÇÃO (na qual irá concorrer com o brasileiro, O Menino e o Mundo).

Muito original e criativa, a comédia animada dirigida por Pete Docter retrata o turbilhão de emoções na cabeça de Riley, uma menina de onze anos que tem uma vida excelente até ser obrigada a mudar de cidade. É essa fase de mudanças que o filme aborda. As dificuldades que mexem com o emocional da garota. Afinal com nova casa, nova escola, novas pessoas, os sentimentos explodem! Difícil é controla-los…

Porém, em minha opinião, o que faz o filme estar na lista duas vezes foi a personificação dos sentimentos. Cada um com uma função, alegria, tristeza, raiva, medo e nojo vivem em uma sala de controle tendo que se dividir conforme as situações. O interessante é que cada momento é interpretado de maneira diferente por cada sentimento. E assim o filme vai ganhando a magia.

Por fim, o diretor nos deixa uma mensagem curta, mas muito proveitosa: “Ter a consciência de como as pessoas pensam e interagem nos dá uma maior compreensão da vida.” Para adultos ou crianças, o filme é excelente! O importante é pegar a mensagem que o filme traz sobre autoestima, autocontrole e muitos outros autos por aí. Vale a pena colocar na lista!

Vitor Hochsprung – 17 anos – calouro de Letras na FURB
blog: Parágrafo Novo