“Os que arrecadamos não estão sendo suficientes”: coronel da PM reforça pedido de doações para São João Batista
Cidade declarou situação de emergência
“Os que arrecadamos não estão sendo suficientes”: coronel da PM reforça pedido de doações para São João Batista
Cidade declarou situação de emergência
- 01/12/2022
- 21:41
Na tarde desta quinta-feira, 1, São João Batista decretou situação de calamidade pública devido a uma das maiores enchentes de sua história. Em conjunto com a Polícia Militar, a prefeitura pede doações para auxiliar no abrigo e resgate de moradores, porém o material recebido até o momento tem sido insuficiente.
Voluntários estão sendo recrutados para auxiliar na organização dos abrigos. Também estão sendo solicitados donativos, principalmente colchões, roupas de cama, alimentos, fraldas e itens de higiene pessoal.
Conforme o Tenente Coronel do 31º Batalhão da Polícia Militar, Eder Jaciel, no momento, há a necessidade de doação de colchões. “Os que arrecadamos não estão sendo suficientes”.
Ele reforçou que o município está sem distribuição de água e há a necessidade de doações. “Estamos precisando de água e melhor em garrafas pequenas”, pontua.
Além disso, as equipes estão precisando de coletes flutuadores (salva-vidas), que podem ser emprestados, e equipamentos de primeiros socorros. O material é necessário para realizar o resgate de pessoas ilhadas. “Conseguimos vários, mas foram insuficientes”, revela o tenente.
Maior enchente
O rio Tijucas, que corta a cidade, chegou a atingir o nível de 9,16 metros durante o dia. Em apenas 24 horas, o nível subiu mais de seis metros. A estimativa é que cerca de 15 mil pessoas tenham sido afetadas, com a enchente que tem ocupado quase 85% do território do município. Ao menos 700 pessoas foram levadas para abrigos emergenciais da Defesa Civil.
Os resgates aconteceram ao longo de todo o dia, sendo utilizados, inclusive, helicópteros, botes, motos aquáticas, jipes e caiaques enviados por municípios vizinhos e empresários. Não foi registrada, até o momento, nenhuma morte.
O reservatório de água da cidade está vazio e não há previsão de restabelecimento da normalidade. A adutora que leva a água até a Estação de Tratamento foi rompida, não sendo ainda possível precisar a dimensão dos estragos e quando será possível efetuar os reparos necessários. Também há o registro de quedas de pontes no interior.
Aulas foram canceladas e o expediente nas repartições públicas municipais foi suspenso para que todos os esforços das equipes sejam concentrados no combate à tragédia.
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