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Os sons de 1979

A gente sai do cinema, liga o toca-discos… mas continua na variadíssima virada dos anos 70 para os 80, com direito à convivência, mais ou menos pacífica, entre estilos totalmente diferentes.

Para dar partida nessa mistura sonora, os destaques de hoje são do tipo importantes e fundamentais. Repare nas duas imagens aí acima: o contraste já começa nas próprias capas.

1979 é o ano de lançamento de The Wall, do Pink Floyd, o disco que colocou a popularidade da banda em um outro patamar. Ou será que eles têm música mais conhecida do que Another Brick in The Wall? Como é um disco conceitual, que rendeu um filme (protagonizado por Bob Geldof, em 1982), é o tipo de obra que vale uma audição completa, resistindo à tentação de pular faixas menos atrativas. Siga o roteiro!

Em junho de 79 saiu Unkonwn Pleasures, o disco de estreia do Joy Division. Talvez o melhor resumo do que se convencionou chamar de pós-punk. É um daqueles álbuns tremendamente influentes, que definiram mais de uma geração de músicos. Se você quiser resumir o disco em uma só música, a escolha é óbvia: She’s Lost Control. Lembrando que, no ano seguinte, antes do segundo lançamento da banda, Closer, Ian Curtis se matou. O mais impressionante: ano que vem, já fazem 40 anos do suicício dele. Putz.

Uns chegam, outros fincam raízes. O lançamento do The Clash daquele ano é London Calling, um marco punk. Desde a capa, inspiradíssima em uma capa de Elvis Presley, até as faixas eternas, o disco é do tipo “não viva sem ele”. Da faixa-título a Train in Vain, passando por Brand New Cadillac, Spanish Bombs ou Clampdown, não existem sobras no álbum.

Para completar o quarteto mostrado nas imagens desta conversa, confesso que roubei: a obra em destaque deveria ser outra. Em nome da diversidade de estilos, deveria ser Off the Wall, de Michael Jackson (o disco que tem Don’t Stop ‘Til You Get Enough).

Mas… por uma questão de sintonia – nunca consegui ser fã do proclamado Rei do Pop, sorry – e por fidelidade total a meu principal ídolo, não pude resistir a trazer para a conversa, entre os principais destaques, Lodger, de David Bowie. O terceiro título da trilogia de Berlim… e também o que tem menos músicas conhecidas. Talvez a mais palatável, para o público em geral, seja Boys Keep Swinging.

Mas tem muito mais músicas marcantes em 1979… portanto, vamos ter mais uma ou duas semanas falando nelas. Aproveite para ouvir!