Quem é pai ou mãe sabe como é passar o tempo todo preocupado com a saúde e o bem-estar dos filhos, sejam eles grandes ou pequenos. O cuidado é ainda maior no início da vida da criança. O choro de um bebê, por exemplo, assusta e coloca os pais em estado de alerta. Já quando são um pouco maiores, os tombos e quedas durante as brincadeiras são o motivo da tensão e preocupação dos pais. Porém, o que pouca gente sabe é que a osteopatia pode ser uma aliada e tratar vários destes problemas sem que seja necessário o uso de medicamentos.
A osteopatia é uma terapia que se baseia na teoria de que o corpo cria seus próprios “medicamentos” contra doenças e dores, desde que equilibrado. Para colocá-lo em equilíbrio, o profissional osteopata usa as mãos para manipular o corpo, eliminando pontos de tensão.
Essa terapia já ganhou o mundo. Em Brusque, a fisioterapeuta Dra. Tais Yukari Mitsuyasu está conquistando cada vez mais clientes. A maioria dos que a procuram são os pais com diversas dores, principalmente coluna vertebral e acabam conhecendo seu trabalho com bebês que sofrem de algum incômodo.
Com as técnicas, a Dra. Consegue resolver a maioria das disfunções em algumas sessões. Formada pela Escola de Osteopatia de Madri, possui cursos nas áreas de osteopatia em pediatria e saúde da mulher.
Tirando com a mão
A osteopatia investiga detalhadamente qual é a raiz do problema na primeira consulta. Dra. Tais explica que até mesmo o tempo que demorou o parto, se foi normal ou cesárea, e demais fatores intrínsecos ao nascimento influenciam na saúde e bem-estar do bebê.
Há também casos de quedas e lesões que podem desequilibrar o organismo da criança, que, por ser ainda muito novo e em constante evolução, é frágil e delicado. Até mesmo a frequência do choro do neném pode dar pistas da raiz de sua dor.
A especialista também faz um exame físico no paciente. Os resultados e as informações são usados para diagnosticar os mais diversos problemas.
Benício e sua mamãe Carine, aproveitaram a visita ao consultório para fazer uma sessão de osteopatia com a titia
Após concluir o diagnóstico, a profissional coloca em prática todo seu conhecimento em anatomia e fisiologia humana para que o próprio corpo do paciente consiga entrar em equilíbrio. Ela faz algumas manipulações em coluna, crânio e vísceras. Através de movimentos suaves a fim de liberar as tensões existentes fazendo com que o corpo entre em homeostase (equilíbrio).
Vários problemas que geralmente são tratados na base de remédios químicos podem ser solucionados naturalmente com a osteopatia. Por exemplo, o refluxo.
“O refluxo gastroesofágico é encontrado em 25% dos bebês e pode acarretar vários prejuízos para o desenvolvimento “, explica Dra. Tais.
Ela esclarece que o sistema gástrico das crianças ainda está em desenvolvimento nos primeiros meses e anos de vida e por isso é essa é uma queixa tão comum. “Em algumas sessões, é possível aliviar o refluxo, se a causa for mecânica e não relacionadas a alergias”, atesta Dra. Tais.
Outra reclamação de pais que procuram a osteopata é de bebês que não dormem direito. Tais explica que na conversa com a mãe já é possível ter indícios das causas. Muitas vezes, é facilmente tratável.
De acordo com a profissional, outro problema são as famosas cólicas em bebês. Há mães que reclamam de passar horas e horas com a criança aos berros, fazendo de tudo, mas sem conseguir sanar o problema. A especialista conta que muitas vezes o motivo é fácil de tratar.
Já entre as crianças um pouco maiores, até os 10 anos de idade, o mais comum são os machucados e quedas. É uma fase em que os pequenos estão explorando o mundo, por isso caem e acabam se machucando.
Geralmente não é grave, mas uma simples queda pode provocar um desequilíbrio no corpo. Com isso, a criança fica com dor e até mesmo irritada.
Tais explica que as crianças, principalmente até os 10 anos de idade, nem sempre sabem explicar bem o que sentem. Na entrevista com os pais e nos testes físicos, a osteopata consegue identificar a origem da dor.
A osteopatia é uma aliada da saúde do corpo e ajuda a tratar dores, choros e problemas do cotidiano. Em apenas algumas sessões, o paciente é reabilitado: é como tirar com a mão.