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Ousar para classificar

O Brusque tem pedreira em Chapecó neste domingo, precisando obrigatoriamente pontuar para permanecer no grupo de classificação do Campeonato Catarinense. Poderia ir bem mais tranquilo para o Oeste, com a chamada “gordurinha’, não fosse a dolorida derrota para o Tubarão, pior time do estadual. Isac perdeu um pênalti, o jogador do Tubarão fez fila para […]

O Brusque tem pedreira em Chapecó neste domingo, precisando obrigatoriamente pontuar para permanecer no grupo de classificação do Campeonato Catarinense.

Poderia ir bem mais tranquilo para o Oeste, com a chamada “gordurinha’, não fosse a dolorida derrota para o Tubarão, pior time do estadual. Isac perdeu um pênalti, o jogador do Tubarão fez fila para servir Edu no gol do Tubarão e o time teve ousadia zero para tentar algo diferente.

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Novela que já vimos em outros carnavais: o time não ousa, não busca pressionar o adversário. Primeiro pensa em se defender para depois atacar, de forma tímida. Os 6 a 1 sobre o Metropolitano são uma exceção, até pela fraqueza do adversário.

Tenho dito que o Brusque não faz por merecer a classificação. Além de ter tabela muito complicada pela frente, com Chape e Avaí, depois o desesperado (e bem mais ajustado que no primeiro turno) Metropolitano na última rodada, o time perdeu muito ponto bobo nas duas últimas rodadas. Fez uma partida burocrática contra o Criciúma, e contra o lanterna Tubarão se preocupou mais em não tomar gol do que em fazer. Desse jeito, sem ousadia, sem vontade de buscar encurralar o adversário, não se faz um time campeão.

Outra coisa que precisa ser esclarecida de uma vez por todas é a situação de Hélio Paraíba. O jogador já afirmou a torcedores nas redes sociais que não tem proposta para sair do clube e está focado no trabalho dentro do Brusque.

Contra o Criciúma, tentando um fato novo no ataque, o técnico Marcelo Caranhato fez uma única alteração, colocando Vicente, teoricamente o terceiro na hierarquia da posição. Na segunda, atrás do placar, o artilheiro do time também não foi utilizado. Isso não é normal.

A torcida está impaciente com a falta de atitude do time, que vê a porta escancarada para a ida para a semifinal, mas o time parece não querer entrar nela. Teve chance de abrir distância e pode acabar sendo atropelado por Joinville, Marcílio Dias e até pelo Criciúma em caso de derrota em Chapecó.

Por sorte, o time não corre mais risco de rebaixamento e terminará o estadual sem o desespero da rodada final, como foi no ano passado.

Fica a pergunta que deixo para o comando do futebol do clube: qual o perfil de time que o Brusque vai querer para a Série D, de tiro curtíssimo, apenas seis jogos na primeira fase e a necessidade de ter um aproveitamento próximo dos 60% para classificar: vamos ter um time que quer vencer jogos e que tem alternativas pra isso, como o Marcílio Dias, ou vamos ter que torcer por um surto de sorte, tomando sufoco em todas as partidas, para ver o time subir de divisão?


Rafael Henzel
A imprensa catarinense e a cidade de Chapecó tomaram um duro golpe com a morte de Rafael Henzel na última terça-feira, enquanto jogava futebol com amigos. Um profissional sensacional que tive a oportunidade de trabalhar em coberturas esportivas na RIC Record. Foi a prova viva de um milagre, ao sobreviver do acidente aéreo na Colômbia, escrevendo um livro sobre a experiência. Perda gigante. E se você não leu o livro dele, fica a dica. Você poderá ser uma pessoa melhor.

Amador
Final de semana tem mais uma rodada do Campeonato Municipal de Futebol Amador, e já começam a aparecer os primeiros classificados e os favoritos. Paysandú, América, Santos Dumont e Cia do Esporte, vão aparecendo como os primeiros candidatos ao título. Faltam mais três rodadas para o final da fase de classificação.

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Marcílio
O time de Itajaí perdeu um mando de campo por causa dos incidentes pós-jogo aqui em Brusque. Não bastasse o relatório do árbitro, onde a Polícia Militar afirmou que gás de pimenta foi lançado do vestiário do Marcílio para a torcida brusquense, ficamos sabendo só nessa semana que um soldado ficou ferido após o arremesso de uma pedra. O final de partida foi mais tumultuado do que se imaginou.

Tabu
O Brusque vai a Chapecó tentando quebrar um tabu bem longo: já se vão nove anos sem vitória na Arena Condá. A última foi em 2010, ano que a Chape foi rebaixada, um 3 a 2 com gols de Têti, Valdo e Valmir. Desde então, são seis vitórias do time da casa e dois empates.