Outubro Rosa: “Eu não gosto de parar e pensar nisso, não gosto de sofrer por antecipação”
Nome: Laize Martins de Oliveira Cruz
Idade: 60 anos
Bairro: Guarani
Ocupação: Do lar
No banho, em dezembro de 2016, Laize percebeu algo que parecia um nódulo na mama direita. Rapidamente procurou fazer a mamografia.
Em janeiro de 2017 chegou o resultado: tudo dentro do normal. A médica afirmou que era uma inflamação das glândulas mamárias e indicou um tratamento.
Ocupada com compromissos com a comunidade, na igreja católica no Guarani, Laize tratou a inflamação e deixou a situação de lado. Quando viu que a mama ficou avermelhada, procurou novamente a médica. “Ela se assustou também. Aí fui encaminhada para um ultrassom, lá apareceu o resultado. Fui ao mastologista e fiz a biópsia”, relata.
Em agosto de 2017, veio a confirmação de era câncer de mama. “Quando eu vi na primeira vez deu aquele medo, porque logo lembrei de uma vizinha que havia falecido da doença”, conta.
Laize não se desesperou, disse que lidou bem com o diagnóstico. Antes disso, em julho, descobriu que seria avó. A notícia deu forças para ela.
Durante a quimioterapia, os efeitos colaterais foram menores do que ela chegou a presenciar. A preocupação inicial era perder os cabelos. “Não gostava de chapéu, touca, e pensava nisso. Depois que vi que isso não era nada. Comecei a usar o lenço e as pessoas diziam que eu estava linda”, comenta.
A cirurgia de retirada da mama em maio de 2018. Depois, veio a radioterapia. Com exames, ela cuida da saúde e toma medicamento. “Tenho fé que não vai voltar mais. Eu não gosto de parar e pensar nisso, eu desvio, não gosto de sofrer por antecipação”, finaliza.