Agir
Faz parte da dinâmica de toda Campanha da Fraternidade suscitar transformações, mudanças de conduta. Isto não é possível sem uma ação. Portanto, sem agir. As diversas Campanhas da Fraternidade, que já foram realizadas, foram motivação e causa de diferentes iniciativas de transformações, seja dentro do âmbito eclesial como comunitário e sociocultural. Da mesma forma, procede […]
Faz parte da dinâmica de toda Campanha da Fraternidade suscitar transformações, mudanças de conduta. Isto não é possível sem uma ação. Portanto, sem agir. As diversas Campanhas da Fraternidade, que já foram realizadas, foram motivação e causa de diferentes iniciativas de transformações, seja dentro do âmbito eclesial como comunitário e sociocultural. Da mesma forma, procede a CF2022, a respeito do seu tema: Fraternidade e Educação. Pretende suscitar mudanças no ato de educar.
Por isso, o Texto-Base nos diz: ““Escutar, discernir e agir. Eis o caminho que a Campanha da Fraternidade nos apresenta este ano: é preciso discernir os desafios da realidade educativa no seu conjunto para alcançar propostas plausíveis de superação de lacunas e dificuldades que comprometem a qualidade da educação em todos os âmbitos” (nº 141).
O agir transformador depende dos próprios agentes do ato de educar. A CF2022 acentua que todos somos educadores e educandos. “É tarefa própria da pessoa, da família, da escola, da Igreja e de toda a sociedade” (Apresentação da CF). Como se nota, a educação não é um ato isolado. Todavia, o protagonismo é e tem que ser da família. É no âmbito familiar que acontecem a experiência básica dos valores que constroem e modelam a pessoa humana, no seu ser e no seu agir. Os demais agentes educadores auxiliam ou até dificultam ou deformam a educação humanizada do ser humano.
No processo educativo do ser humano, sobressai o testemunho do agente educador, iniciando, evidentemente, pelo testemunho do pai e da mãe e do conjunto do ambiente familiar; no ambiente escolar, o testemunho do professor/educador e do estilo de vida, vivido o ambiente escolar; na Igreja, o testemunho vivencial da Boa Nova do Reino, por todos os participantes e da ambiência comunitária eclesial; na Sociedade (acrescento na Cultura) pelos valores propostas aos que dela fazem parte.
O ato de educar não pode, apenas, oferecer ao educando um projeto de uma carreira profissional. Tem que ir além e proporcionar um projeto de vida; estimular o cuidado pela vida, desde a concepção, passando pelo fim natural, até a eternidade; educar para a promoção da cultura do diálogo, da solidariedade, do respeito e do amor ao outro, do cuidado com nossa Casa Comum.
Educar para um novo Humanismo, portanto, para o Humanismo Solidário e construir a Civilização do Amor, resultado de uma educação humanizada, aquela que tem a pessoa humana e suas dimensões fundamentais como centro e eixo da Sociedade e da Cultura (Cf. nº 220 e ss.).
A CF2022, no seu Texto-Base, oferece uma enorme gama de inspirações ou sugestões de possíveis caminhos práticos para uma educação mais criativa e responsável, capaz de auxiliar na educação de um cidadão (ã) e um cristão (ã), livre, consciente e responsável (Cf. nº 256-267).