Deus veio morar Conosco
A frase acima parecerá para muitos bastante estranha. Mas, não é, se temos consciência do que vamos celebrar e viver no Natal. Porque no Natal, é essa a verdade de fé que celebramos. A vinda, a Encarnação do “Verbo que se fez carne e habitou entre nós”. É a verdade de fé que sempre afirmamos, em todos os domingos, na Celebração da Eucaristia, após a escuta da Palavra de Deus e a homilia do Presidente da Assembleia litúrgica, na Profissão de Fé ou O Creio.
Por isso que Natal é tempo de alegria. Alegria de poder acolher o Deus-Conosco, o Filho de Deus, nosso Pai que nos envia seu Filho amado para trazer a Boa Nova do Reino. Trazer a libertação, a salvação, a paz, o amor misericordioso, com rosto humano (carne).
Será só uma visita rápida, depois voltar para a Casa do Pai, de onde saiu. De jeito nenhum. Veio para cumprir uma missão, com tempo suficiente para realizá-la. Voltou sim como cremos, antes de voltar (a Ascensão do Senhor), porém fez a promessa de voltar e cumpriu essa promessa. Disse que permaneceria, aqui caminhando conosco e auxiliando-nos na construção do seu Reino que também é nosso. Virá, sim, no final dos tempos, a segunda Vinda. Todavia, ninguém sabe o dia e hora dessa segunda vinda para que possamos dar conta do que fizemos para que o Reino de Deus estivesse mais presente em nós e em nossos ambientes que frequentamos.
Jesus, o Messias prometido é no Natal, presente entre nós. Ele é o Presente que o Pai nos dá. Essa presença nos ensinou a olhar-nos, a olhar o irmão (ã), a realidade que nos cerca com o Olhar dele, portanto, com o Olhar de Deus. Mostrou-nos essa verdade por suas Palavras e pelas Ações que realizou, em sua Vida Pública. Começou a olhar de modo diverso o nosso sofrimento humano, as pessoas também; deu testemunho por palavras e gestos, carregados de compaixão, de misericórdia, de perdão, de paciência, de indignação diante das injustiças, dos necessitados material e espiritualmente; olhar a Criação toda com olhar de respeito, de amor a todas a coisas porque são obras das mãos do Pai…
Portanto, o Natal não é, apenas, mais um aniversário do nascimento de Jesus de Nazaré. É muito mais. Jesus vem, agora, para operar a nossa libertação, a nossa salvação. Claro, não é da mesma maneira como foi em Belém de Judá. Por isso, a Liturgia Católica fala em “Memorial do Nascimento”. Isto é, se realiza a atualização da Salvação, da Libertação para nós, em nosso tempo; 2021 é o nosso Ano da Graça.
Nossa atitude principal é se preparar para acolhê-lo. Essa preparação, segundo a orientação de João Batista, seu Precursor, é procurar buscar a conversão, tentar operar algumas mudanças de vida que não estão de acordo com a Boa Nova do Reino que ele trouxe da parte do Pai. Não se trata de fazer grandes mudanças, a não ser que sejam uma necessidade urgente. Senão, basta realizar pequenas mudanças que no conjunto do nosso comportamento vão fazer a diferença
Caro leitor e estimada leitora, obrigado pelo seu estímulo, neste ano. Aproveito para desejar-lhe um Feliz e Abençoado natal e também Ano Novo, cheio de alegria e belas realizações, extensivos à toda a sua família. Deus os abençoe.