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Dois meninos nos ensinam

Para entender o valor e o alcance do título desta coluna jornalística, é necessário ter conhecimento de um fato. Esse acontecimento se deu no dia 09 de novembro último. Seu lugar foi a célebre Praça de São Pedro, em Roma. Durante a tradicional audiência pública do Papa Francisco, às quartas feiras. Dois meninos chamaram a […]

Para entender o valor e o alcance do título desta coluna jornalística, é necessário ter conhecimento de um fato. Esse acontecimento se deu no dia 09 de novembro último. Seu lugar foi a célebre Praça de São Pedro, em Roma. Durante a tradicional audiência pública do Papa Francisco, às quartas feiras.

Dois meninos chamaram a atenção do Papa Francisco. O Papa ficou tão impressionado que não se conteve. Deixou de lado, por alguns instantes, o texto que sempre prepara, antecipadamente, para se ocupar com esses dois meninos. E, como sempre faz, aproveita da realidade que o cerca para aprender e também para fazer sua catequese. Pois, tem consciência bem clara que é essa a sua missão como Pastor do Povo de Deus. Dar o exemplo. Usa a mesma pedagogia e o metodologia de Cristo.

Deixemos o Papa comentar o fato em si. “Antes de falar sobre o que preparei, gostaria de chamar a atenção sobre estes dois jovens que vieram aqui. Eles não pediram licença, não disseram: ‘Ah, tenho medo’: vieram diretamente”, disse o Papa Francisco, acrescentando que “nós devemos ser assim com Deus: diretamente. Eles deram-nos o exemplo de como nos devemos comportar com Deus, com o Senhor: ir em frente! Ele espera-nos sempre”, disse o papa.

É interessante observar que o Papa está atento a tudo o que se passa em sua volta. Parece estar dizendo que tal atitude não está, apenas, restrita ao pequeno círculo no entorno de sua pessoa. Com efeito, no texto que vai oferecer como reflexão, logo em seguida, na sequência da audiência geral, frisa com acento e com tristeza, o que está ocorrendo no grande círculo da vida humanidade atual.

Aproveita o gesto de ousadia e coragem dos dois meninos para nós todos aprendermos. Ele mesmo dá seu depoimento a respeito, quando externa sua experiência afirmando: “fez-me bem ver a confiança destes dois meninos: foi um exemplo para todos nós. Assim devemos aproximar-nos sempre do Senhor: com liberdade”.

Acentua que a necessidade do encontro com Deus não é somente para proveito próprio. Mas, é para termos coragem e esperança de um encontro e de um diálogo com os irmãos e irmãs. Escutemos o que nos diz: “Quanto precisamos disto! Quanta necessidade temos de nos encontrar!  Penso na guerra louca – loucura! –  de que a martirizada Ucrânia é vítima, e em muitos outros conflitos, que nunca serão resolvidos através da lógica infantil das armas, mas unicamente com a força suave do diálogo”, disse o papa.

Além da Ucrânia, Francisco pediu para pensar também “na Síria, pensemos nas crianças do Iêmen, pensemos no Myanmar: em todos os lugares! Agora, a mais próxima é a Ucrânia, para que servem as guerras? Destroem, destroem a humanidade, destroem tudo”.

Para o papa, “não pode haver diálogo sem encontro” porque “sem hospitalidade, o diálogo resta vazio, aparente, permanece uma questão de ideias, não de realidade”.

Caro leitor e estimada leitora, você presta atenção a tudo o acontece ao seu redor? E, a tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo? Que lições de vida pode tirar? O que esses dois meninos nos oferecem como reflexão e para a ação? E, atitude do Papa diz algo para cada um (a) de nós?