Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Dois Polos

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Dois Polos

Pe. Adilson José Colombi

Nas Eleições 2022, 156.454.011 eleitores e eleitoras brasileiros vão, novamente, a tão controvertida urna eletrônica para escolher o presidente da República. Boa parte, senão todos os meios de comunicação social falam ou escrevem que será uma eleição polarizada. Isto é, terá, então, dois polos na escolha do novo mandatário do país. Têm comentaristas políticos que afirmam que esta escolha será a mais polarizada da História da República.

Portanto, dois polos. Mas, que polos são esses? Bem, o que mais se ouve, na mídia que é: Esquerda e Direita ou Progressismo e Conservadorismo ou ainda Esquerda Progressista e Direita Retrograda e outros termos. Será que é isso mesmo? Dá, hoje, para falar em esquerda progressista ou direita conservadora? Como traduzir tal postura, no dia a dia, levando em conta a realidade dos fatos cotidianos, na vida sociocultural de uma Nação. Ou olhar com muito cuidado racional e sem viés (como muitos gostam de falar e escrever) o que cada Candidato com seus respectivos apoiadores pensam e falam. Vejamos.

Será mesmo possível um candidato e seus apoiadores de vários partidos políticos defenderem e proporem um programa de governo com propostas: defender e propor o aborto como medida de saúde pública, (portanto a favor da violência e da morte); controle social (portanto, censura) da mídia (falada, escrita, TV, internet, redes sociais…); um Estado mais presente e atuante na vida do cidadão (ã), com mais Estatais; re-estatizar o que foi privatizado. Apenas, para citar alguns pontos controversos. Será mesmo que tudo isso é progresso? Para mim, isso me faz lembrar governos dos séculos 19 e 20, que não favoreceram em nada a população. Muito pelo contrário.

Será que um candidato e seus apoiadores que são a favor da vida (portanto, contra o aborto); quase todos os dias falam, defendendo a liberdade de expressão, denunciando medidas que censuram sites de opinião, tirando-os do ar. Também, só para constar algumas medidas impositivas e autoritárias. Será que essa postura diante da realidade sociocultural é retrógrada, autoritária, fascista, prejudicial ao país?

Não estou “olhando” o candidato A ou o candidato B, mas o conjunto dos valores que o candidato e seus apoiadores propõem como “caminho” para a vida sociocultural da Nação. Por isso, pode até ter outros nomes como candidato. Para mim, o que vale é o conjunto de valores propostos. Estes é que vão afetar nossa vida de cidadão/ã.

É bom recordar que nossos vizinhos Argentina, Chile e outros também passaram pelo mesmo momento histórico de “eleições polarizadas” e deu o que deu. E, convém também lembrar, que a vitória se deu, em grande parte, pelos votos nulo e abstenção.

O percentual de ausentes (abstenção) “ganhou” a eleição. Por que os que votam pela ideologia da esquerda, nunca se omitem. Isto é elogiável. É de admirar a perseverança e a participação maciça. Hoje, “os ausentes e nulos” estão arrependidos, mas é tarde.…

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