Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Memória do Mistério Pascal

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Memória do Mistério Pascal

Pe. Adilson José Colombi

A Páscoa está chegando. Próximo domingo já é sua solene celebração para quem crê na Pessoa e na Proposta de Vida de Jesus Cristo. A Festa da Páscoa é a maior da fé cristã, é precedida pelo chamado Triduum Sacrum – Tríduo Sacro ou Sagrado. Trata-se dos três dias que a precede – Quinta, Sexta e Sábado Santos. Fazemos a Memória do Mistério Pascal – Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Infelizmente, neste ano, não podemos nos reunir em nossas igrejas das Comunidades que frequentamos. Mas, para quem crê e vive a fé, não deixa de ser um tempo bastante diferente, mesmo neste isolamento social ou já confinamento. É um momento de mais silêncio, meditação, oração e participação na comunidade cristã, mesmo à distância, servindo-me do que disponho no momento atual.

Pode e deve ser um tempo para uma renovação de sua espiritualidade pessoal, conjugal e familiar. Tudo isso é possível de ser vivido, mesmo entremeando com os serviços domésticos imprescindíveis do dia a dia. Basta saber priorizar o que merece ser priorizado porque faz parte integrante do projeto de vida a ser perseguido para cumprir a missão própria de cada um. Para tanto, é sempre necessário buscar os meios mais adequados para conseguir realizar essa missão com sabedoria e segurança. Não bastam boas intenções, a vida de fé exige gestos, ações efetivas.

Fazer a Memória da Paixão, Morte e Ressurreição é, como discípulo (a), seguir o Mestre Jesus e partilhar esses momentos com ele. Não é apenas fazer lembrança, recordar esses fatos da vida de Jesus. Como se fosse participar de um teatro ou encenação da vida de Jesus. É partilhar com ele esses momentos, “ter os mesmos sentimentos dele” e aprender dele a ter os mesmos sentimentos para com nossos irmãos e irmãs. É acompanhá-lo, passa a passo, nessa trajetória de libertação.

Na Quinta Feira Santa, Jesus se reúne com os discípulos para a Última Ceia. Temos que estar presentes e participar dela, de alguma forma. É, nessa Ceia, que Jesus oferece uma síntese de sua vida: “Isto é meu Corpo dado por vós” significa a totalidade de sua vida, sua missão, seu projeto de libertação, sua opção de fazer a Vontade do Pai… “Isto é o meu Sangue derramado por vós” significa a doação de toda a sua pessoa, de suas forças, de sua vitalidade para que tivéssemos vida e vida em abundância.

Durante a Ceia, como parte integrante, Jesus se levanta, toma uma bacia e água, e lava os pés dos Discípulos. “Compreendeis o que acabo de fazer? ”. “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Cfr. Jo 13, 14-15).

Sexta Feira Santa, o que Jesus disse, ontem, na Ceia; na verdade, hoje, ele realiza na Cruz. Por isso a Cruz é o gesto máximo de doação, entrega, de serviço, de amor. “Quem quiser ser meu discípulo (a) tome sua cruz e me siga…”.

Sábado Santo, o Mistério Pascal atinge sua expressão máxima na Ressurreição. Tudo isso aparece, claramente, na celebração da Vigília da Páscoa. Onde, toda a Criação canta a vitória da Vida sobre a Morte, da Graça sobre o pecado, da Libertação frente à escravidão, do Amor sobre o ódio. Em Cristo, “somos uma nova criatura”. Aleluia!

O Domingo da Ressurreição, a Páscoa é a solene celebração dessa grande Vitória da Vida. Por isso é dia de alegria, de paz, de agradecimento.

Abençoada e Feliz Páscoa a todos e todas.

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