Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Missões Populares

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Missões Populares

Pe. Adilson José Colombi

Todo o batizado (a), pelo fato de ter aceito e aderido ao Batismo, está compromissado com o seguimento de Cristo. Seguir Cristo é viver a sua proposta de vida. Ela inclui o anúncio e testemunho da Boa Nova do Reino. Essa é a missão. Missão que não pode ser delegada a outro. É compromisso pessoal e comunitário. Sim, comunitário porque Cristo enviou os discípulos, enquanto participantes de uma comunidade de Fé, de Esperança e de Caridade. Não há, portanto, missionário franco-atirador. Sempre será alguém enviado pela comunidade cristã.

Assim, é a normalidade da vida do batizado (a), dentro de uma comunidade cristã católica. Mas, é uma tradição antiga, na Igreja Católica, em certos momentos históricos, dar um acento particular a essa missão batismal. Então, nasceram as chamadas “Missões Populares” ou também denominadas Santas Missões Populares. A nossa Paróquia São Luiz Gonzaga está celebrando seu jubileu de 150 anos de sua fundação, como paróquia.

Foi posta também, como parte integrante dessa celebração, a realização das Missões Populares, sob a orientação dos Padres Redentoristas.

Mas, o que são Santas Missões Populares? Bem, pode-se dizer santas porque pretendem ser uma experiência profunda e viva de Deus e da Proposta de Vida, que Jesus nos trouxe da parte do Pai, da pessoa batizada, da família e da comunidade. É um modo, um jeito, uma iniciativa que a Comunidade Paroquial toma para aprofundar, firmar e fortalecer sua própria fé. E, possivelmente, abrir novos horizontes para novos modos de evangelizar, em nossos dias.

Foi, mais ou menos isso, o que o Papa Francisco nos disse quarta-feira, na audiência Geral (12/04/23), em sua catequese semanal a respeito da Evangelização. “Não se anuncia o Evangelho parado, fechado num escritório, na escrivaninha ou no computador, fazendo polêmicas como ‘leões do teclado’ e substituindo a criatividade da proclamação com o copia-e-cola de ideias tiradas aqui e ali”, disse o Papa Francisco na Audiência Geral de hoje (12).

O missionário exemplo e paradigma não pode ser outro: Jesus Cristo. O nosso Batismo nos põe em movimento. A vida nova recebida no Batismo é para ser gasta em direção aos outros. Como ele disse e fez. Foi ele quem disse e nos envia: “Ide pelo mundo inteiro…”. Sem dúvida, é um tempo especial de graça para ajudar a ver, conhecer e seguir Jesus Cristo “Caminho, Verdade e Vida”. Missão é viver em comunhão em famílias, em comunidades, com mais intensidade e solidariedade.

Na mesma fala, disse o Papa: “Não há proclamação sem movimento, sem ‘saída’, sem iniciativa. Isto significa que não há cristão se não estiver em movimento, não se é cristão se não se sair de si mesmo para se pôr a caminho e levar o anúncio. Não há anúncio sem movimento, sem caminho”.

Missões Populares. Populares porque acontecem no meio do povo e com o povo. Sempre levando em conta a própria realidade, suas necessidades, seus anseios e até sus clamores. Porque o povo, as famílias, a comunidade local são formados de batizados (as) ou não batizados (as). O povo com toda essa variedade de pessoas é o verdadeiro sujeito destas Missões Populares. E, porque somos todos convidados a conversão de nossa vida a fim de sermos agentes de transformação da realidade segundo a opção e proposta de Jesus no Sermão da Montanha.

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