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O candidato tornou-se ex-candidato

Isto ocorreu na semana passada. Um candidato, João Doria do PSDB, ensaiava ser o candidato da tal 3º via para presidente da República. Mas, não decolou, nas ditas pesquisas de intenção de voto da população. Então renunciou a ser candidato a candidato para disputar a Presidência da República. Além desse motivo elencado, também foi consenso […]

Isto ocorreu na semana passada. Um candidato, João Doria do PSDB, ensaiava ser o candidato da tal 3º via para presidente da República. Mas, não decolou, nas ditas pesquisas de intenção de voto da população. Então renunciou a ser candidato a candidato para disputar a Presidência da República. Além desse motivo elencado, também foi consenso no próprio partido político. Aí, naufragou.

Bem, o que esse fato no diz e comunica? Certamente, algumas considerações merecem ser feitas. É bom lembrar que esse partido político, que João Doria pretendia ser o candidato, já foi importante no cenário político e administrativo do país. Afinal, foi um dos artífices da retomada da democratização do nosso país. Disputou todas as eleições posteriores com candidatos próprios. Venceu dois pleitos eleitorais; fez um presidente e o reelegeu. Além de vários governadores de Estados importantes e influentes na vida da Nação. Sempre teve um destaque em todos os momentos de nossa História, neste período histórico. Sempre com grande influência nas grandes decisões tomadas. Por que, então, o partido chegou a essa situação?

A resposta a essa pergunta a podemos encontrar em alguns indícios visíveis ao logo desse período de sua existência. Outros indícios que certamente também tiveram sua quota de influência estavam e estão na vida “subterrânea do partido” que “alguns sabem” outros não. Na minha modesta opinião, porém, foi e é a presença de muitos “egos” inflados de vaidades, orgulhos, somados a fome e sede de poder, dentro do partido e também fora dele.

Contribuiu também a proverbial indecisão em tomar suas opções e fazer suas escolhas. Sua posição mais frequente era “ficar em cima do muro”. Ficar observando e “cozinhando a situação” para tomar uma decisão ou se abster. Tudo isso foi, pouco a pouco, minando a confiança dos eleitores e dos simpatizantes. Certamente, os amigos leitores e leitoras terão outras razões a mais a considerar para o que ocorreu com esse partido político que já contribuiu com grandes realizações que mudaram o rosto do nosso país em muitos aspectos de sua vida. Saliento, nesse particular, a diminuição da presença do Estado na vida do cidadão/ã e o início da desestatização, desfazendo-se de Estatais deficitárias por má administração, por presença de partidos políticos nelas e pela corrupção.

Esse fato, para minha humilde percepção, mais se confirma, na história da vida de uma Nação, o quanto nossa visão histórica alcança, que a vaidade, o orgulho e a fome e sede de poder não somam positivamente nunca. Sempre foram e são o começo de um a derrocada e da falência. Mas, como quase sempre, o ser humano não acredita e sempre quer tentar a sua vez. E dá o que dá. O fim a gente conhece.