Pombos da Matriz
A nossa monumental e artística Matriz da Paróquia São Luis Gonzaga está de aniversário: 60 anos de sua inauguração. Desde sua inauguração até hoje, sem dúvida, uma das atrações de atenções e visitas de tantas pessoas do Brasil e do exterior. De fato, não é tão fácil encontrar no mundo, uma obra de arte com […]
A nossa monumental e artística Matriz da Paróquia São Luis Gonzaga está de aniversário: 60 anos de sua inauguração. Desde sua inauguração até hoje, sem dúvida, uma das atrações de atenções e visitas de tantas pessoas do Brasil e do exterior. De fato, não é tão fácil encontrar no mundo, uma obra de arte com tantos detalhes e originalidade como a nossa Matriz. Parece-me que é mais apreciada por pessoas “de fora” do que por brusquenses. Mas, ela está aí imponente e se impondo na paisagem da cidade. Uma beleza de linhas e de símbolos litúrgicos marcantes.
Mas, não era a respeito da Matriz que estava disposto a lhes falar, hoje. Há tempo estava com vontade de lhes dizer algo a respeito de seus moradores mais visíveis: os pombos. Habitam seu telhado e paredes, certamente, desde sua inauguração. Talvez, até antes mesmo. São uma presença inseparável. São os mais assíduos frequentadores das dependências do templo. Por vezes, adentram nele e ficam dando espetáculos com seus voos graciosos.
Não deixam de ser simpáticos, com seu porte elegante e voar gracioso, seu andar característico. Muito interessante também são seus arrulhos, sobretudo, dos machos, nos seus galanteios às companheiras. Seus arrulhos marcantes, principalmente, de manhã, na primavera e verão, bem cedo, na janela do meu quarto ou adjacências. São também uma diversão e encanto para as crianças no estacionamento e nos entornos da Matriz.
Estes pombos da Matriz são, segundo minha pesquisa da variedade de Pombo-doméstico. São a espécie de pombo mais comum encontrada no Brasil. Multiplicam-se com facilidade porque não têm predadores nas cidades. Por isso que crescem em número e, se não houver um certo controle, podem se tornar um grave problema para as pessoas e para o meio ambiente.
De fato, eles competem com aves nativas na disputa por alimentos. Tenho presenciado, com frequência, a competição com sabiás, bem-te-vis, tiés, araquãs… Pior ainda, segundo minha opinião, seus danos ao patrimônio público ou privado, como acontece em nossa Matriz. Quanta sujeira dentro e ao redor dela. É triste ver a escadaria da igreja com todos aqueles “cartões de visita” nos corrimãos e nos degraus.
Mais ainda são as possíveis doenças que podem transmitir com sua presença. Vejamos algumas: salmonelose: doença infecciosa provocada por bactérias; criptococose: principalmente pelos excrementos de aves, principalmente pombos;
histoplasmose: doença provocada por fungos que se proliferam nas fezes de aves e morcegos. ornitose: doença infecciosa provocada por bactérias. A contaminação ao homem ocorre pelo contato com aves portadoras da bactéria ou com seus dejetos;
meningite: inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinha.
Os pombos da Matriz são uma beleza para os olhos, todavia, sua presença não é tão agradável para quem observa os efeitos de sua presença. São uma beleza viva, cobram, porém, um certo preço que faz refletir.