Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Por que participar das eleições?

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Por que participar das eleições?

Pe. Adilson José Colombi

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como faz sempre, também nesse ano eleitoral, emite uma orientação para auxiliar, na reflexão a respeito. Não se trata de apontar linhas partidárias políticas ou candidatos específicos. Simplesmente, ser coerente com a tarefa do bispo ou bispos de pastorear o povo de Deus ou orientar os fiéis a respeito das realidades da vida. E a vida seja pessoal ou coletiva inclui a dimensão política. O cristão ou a cristã não pode ficar alheio (a) ao processo eleitoral.

Como em tudo, em sua vida cristã tem que estar iluminado e orientado pela luz do Evangelho, certamente, a vida e o processo político não podem ficar à margem ou ignorá-la. Por isso, a prática política para se manter em sintonia com o Evangelho tem que buscar sempre a justiça e o bem comum. Desta forma, cabe ao cristão/ã não se eximir dessa sua missão, como batizado/a, em sua atuação nas várias dimensões da vida sociocultural. Sendo candidato, se se sentir vocacionado e preparado para se apresentar ao eleitor/a como candidato a um posto, neste ano eleitoral, para o governo municipal, como prefeito ou vereador.

Tal atitude e comportamento estão em consonância, evidente, com a Doutrina Social da Igreja que nos diz que a verdadeira política é uma excelente forma de praticar a caridade. Por isso que os pastores sempre estão atentos a orientar os fiéis a respeito da participação na vida política, os direitos e deveres de cidadãos/ãs e governantes. Procuram esclarecer a respeito desta participação, segundo a visão cristã. Desta forma, em várias dioceses ou arquidioceses são disponibilizadas cartilhas, bem acessíveis a todos pela linguagem, por vezes, bem popular. Boa parte está disponível na internet.

A Igreja, como Povo de Deus, não pode ser partidária politicamente, isto é, ter um Partido Político. Estaria traindo sua missão de ser aberta para todos, sem exceção. Ser partidária, politicamente, é negar sua universalidade, já que ter um partido (como diz o próprio termo) seria, apenas, para aquela “parte”, contemplada pela extensão de seu âmbito próprio. A justiça e o bem comum não são restritivos às partes.

Outra coisa é o cristão/ã, em sua participação política na vida sociocultural. Aí, cada um/uma, siga sua consciência, bem formada à luz dos valores e critérios que brotam da Palavra de Deus, sobretudo, do Evangelho de Cristo, escolha o partido político ou candidato que mais se enquadre, nesse paradigma com mais sintonia com princípios ético-morais decorrentes de sua fé.

O Cristão/ã é chamado a participar ativamente da e na vida pública. Colocar-se a serviço no processo político. Seja como eleitor/a, seja como mesário eleitoral, seja como candidato. Portanto, ser um sujeito político consciente e interessado na promoção da cidade, escolhendo candidatos idôneos e competente para conduzir a vida sociocultural, no exercício dos diversos cargos políticos disponíveis.

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