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Primeira Matriz da Paróquia São Luís Gonzaga

A história destes 150 anos de vida paroquial nos conta que a Paróquia São Luis Gonzaga já teve três Matrizes. Quem vai nos dizer como elas foram planejadas e construídas é a jornalista e escritora Guédria Motta, em seu livro ainda inédito da História de nossa Paróquia São Luis Gonzaga. Certamente, você poderá saborear essa […]

A história destes 150 anos de vida paroquial nos conta que a Paróquia São Luis Gonzaga já teve três Matrizes. Quem vai nos dizer como elas foram planejadas e construídas é a jornalista e escritora Guédria Motta, em seu livro ainda inédito da História de nossa Paróquia São Luis Gonzaga. Certamente, você poderá saborear essa árdua e meticulosa pesquisa que a obra vai revelar e que, em breve, será publicada. Servir-me-ei, em parte, de suas pesquisas, que tive acesso para alinhavar essas considerações.

Sabemos que a denominação Matriz é dada à igreja, sede de uma paróquia. Desde os inícios da colonização da Colônia Itajahy, o desejo de ter um local para as celebrações do culto e dos encontros da vivência religiosa foi uma aspiração comunitária, manifestada constantemente. Daí o insistente apelo às autoridades políticas da época para a demarcação de um local para estas celebrações, principalmente as dominicais. Como também a constante petição da presença de um padre para dar assistência e acompanhamento aos colonos católicos da Colônia Itajahy.

Apesar dos insistentes apelos, não conseguiram a demarcação de um local para o culto. Por isso, improvisaram um espaço provisório no próprio barracão onde estavam alojados, antes de receberem os lotes para construírem suas residências. Só em 1861, conseguiram a primeira capela dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mas, esta estava localizada, onde hoje se ergue a igreja do Aimoré, em Guabiruba. Na sede Colônia, com o surgimento da escola pública, esse espaço também passou a servir de local para o culto religioso.

Em 1863, já existiam quatro capelas (igrejas) fora da sede da Colônia, segundo o relatório do Diretor da Colônia da época, endereçado ao Presidente da Província. Na sede, porém, continuava sem um local adequado. Por isso, por iniciativa de líderes católicos, em 1865, reivindicaram um terreno para a construção da igreja a fim de possibilitar as celebrações. Assim, surgiu, mesmo sem a licença explícita do governo, a primeira igreja dedicada à Nossa Senhora das Dores, aproximadamente, onde se encontra a atual Matriz. Foi inaugurada, em 1866, numa solene celebração presidida pelo P. Gattone, que já residia na Colônia e dava assistência espiritual a toda a Colônia, em suas respectivas comunidades.

Essa primeira igreja, uma edificação de madeira, com oito metros de largura por 15 metros de comprimento, foi obra de abnegados e “teimosos” leigos católicos que não mediram esforços e conseguiram motivar toda a comunidade católica da sede da Colônia para erguer essa primeira igreja. Esta igreja bastante frágil, em 31 de julho de 1873, se tornaria a Primeira Matriz de nossa Paróquia São Luis Gonzaga. E o P. Gattone, seu primeiro pároco dessa nova paróquia que tinha jurisdição sobre todas as Comunidades Cristãs Católicas, já constituídos nos vários locais da região da Colônia Itajahy.

É bom salientar que a edificação dessa primeira Matriz se tornou realidade efetiva, como local de culto católico, graças as doações de materiais necessários, mas sobretudo, pela fé vivida, pelo amor à Igreja e pelo trabalho voluntário de todos que se candidatavam para fazer suas horas de serviço voluntário, na construção da igreja.

Na celebração do 150º ano da vida paroquial, não se pode olvidar de lembrar e fazer memória desses valores vividos, por esses valorosos leigos e pelo abnegado P. Gattone. Valores que ainda são muito válidos, em nossos dias.