Que tipo de Estado e Governo queremos?
Entre os “desafios do contexto atual”, nestas Eleições de 2022, está “a busca do poder pela política”. Parece-nos oportuno tecer algumas considerações a seu respeito. Este tema nos faz repensar o próprio sentido da Política e a missão dos Partidos Políticos. A Política como a arte de realizar o possível para que todos os (as) […]
Entre os “desafios do contexto atual”, nestas Eleições de 2022, está “a busca do poder pela política”. Parece-nos oportuno tecer algumas considerações a seu respeito.
Este tema nos faz repensar o próprio sentido da Política e a missão dos Partidos Políticos. A Política como a arte de realizar o possível para que todos os (as) cidadãos (ãs) tenham as condições necessárias para viver uma vida digna. Trata-se, portanto, da arte da promoção do bem comum. A Política como serviço à Nação. Esta missão direciona-se, necessariamente, a ser a meta de todo Partido Político e das pessoas que, dele, participam. Não importa qual seja o colorido ideológico. O que pode variar são os meios para alcançar tal meta. Claro que não somos partidários, menos ainda promotores, do uso de qualquer meio. Não fazemos parte daqueles que seguem o princípio maquiavélico: “os fins justificam os meios”.
Sabemos que um dos meios essenciais é a busca do poder político e seu exercício, pelos Partidos e pelos governantes escolhidos pelo voto. Parece-nos que, no contexto atual da política nacional, tudo gire em torno da luta pelo poder. Aliás, quer-se, particularmente, o controle do aparelho do Estado para pilhá-lo. Estão aí os exemplos escandalosos e estarrecedores das falcatruas e licitações fraudulentas nos Ministérios, corrupção comprovado por julgamentos em várias instâncias jurídicas… de governos passados. A busca do poder não pode ser vista como um fim em si, para depois exercê-lo em proveito próprio, do (s) Partido (s) e “dos que me ajudaram a chegar lá”.
Como eleitores (as) que somos, temos a obrigação de exigir dos Partidos Políticos e dos candidatos ao poder público um plano de governo viável e exequível. Não podemos nos contentar, assistindo passivamente a corrida feroz a tomar as rédeas do poder.
Queremos um plano de governo que nos ofereça o mais claro possível o tipo de Estado que querem e o projeto de governo realizável e adequado a nossa realidade sociocultural tão diversificada.
Dissemos o tipo de Estado. Sim, queremos saber, como eleitores (as), em que Estado querem que vivamos. Porque dependendo do tipo, somos afetados mais ou menos, em nossa vida diária. Por exemplo, não basta anunciar aos quatro ventos: “queremos construir um estado socialista”. Que Socialismo? Usando um linguajar comercial: “Socialismo de que marca”? O Socialismo da Cuba de Fidel Castro, de Maduro da Venezuela, da China, da Coréia do Norte, da Bolívia de Evo Morales,… Tem gente até querendo ainda “emplacar” o Socialismo de Lênin, de Stalin, Trotzky, Mao Tze Tung… São alguns “espécimes fósseis” que teimam em manter-se vivos, longe do seu verdadeiro habitat e de seu tempo.
No projeto de governo, não nos contentamos com um discurso que se resuma na pregação moral de alguém que vai consertar tudo, reinventar a ética e a moral, e ser o pai dos pobres ou a mãe do povo. Queremos um governo eficiente e honesto, que apresente recursos e instrumentos aptos, que possam encaminhar questões cruciais da nossa realidade sociocultural, como segurança, desemprego, crescimento, educação, justiça social, acabar com a impunidade e assim por diante.
Não podemos jamais esquecer que, como eleitores (as), somos corresponsáveis na escolha do tipo de Estado em que vivemos e do estilo de governo que nos governa. Por isso, temos que estar atentos para escolher bem porque os erros de uma política nacional ou internacional sempre têm consequências devastadoras. E sua recuperação, às vezes, demora ou até se torna impossível.