Quem é José de Nazaré?
O Papa Francisco, no dia 08 de dezembro de 2020, com a Carta Apostólica Patris Corde – Com Coração de Pai – convocou, a partir desta data, o Ano de São José. O objetivo é chamar a atenção a respeito da pessoa, da missão, do exemplo, do testemunho de vida e suas virtudes e seu zelo de esposo e de pai, na Família de Nazaré.
Dia 19 de março, próxima sexta feira, celebramos a Memória de São José como esposo de Maria de Nazaré e Pai Adotivo de Jesus, Filho de Deus. Seria muito bom revisitar a Carta Apostólica escrita pelo Papa Francisco, instituindo o Ano de São José. Recordemos algo desta Carta do Papa.
Na Introdução na Carta Apostólica, o Papa Francisco passa pelos quatro Evangelhos e traça um rápido perfil de José de Nazaré, apresentando-o como foi visto e tido pelas Comunidades Cristãs Primitivas, por meio dos textos dos Evangelistas. A partir desta base bíblica, o papa vai expondo sua visão de José de Nazaré, em sete pequenos capítulos com esses títulos sugestivos: Um Amado Pai; 2º Pai Na Ternura; 3º Pai Na Obediência; 4º Pai No Acolhimento; 5º Pai Com Coragem Criativa; 6º Pai Trabalhador e 7º Pai Na Sombra.
Carta de fácil leitura, linguagem simples e bem acessível a todo bom entendedor (a) que busca um pouco mais a respeito deste homem ímpar, na História da Humanidade, vivendo uma missão irrepetível e única. O Papa traça, com simplicidade, o perfil de homem, chamado José, habitante de Nazaré e de descendência da linhagem de Davi, o grande rei de Israel. Vejamos algo.
José é um homem escolhido por Deus para uma missão única: ser o esposo da Mãe do Messias, tantas vezes prometido na Antiga Aliança ao Povo Eleito de Israel. Deus Pai confia a guarda e o cuidado de seu Filho a um homem simples, humilde, desconhecido. Deus mostra seu amor à Humanidade, na pessoa de José. Escolheu-o, como uma das pessoas fundamentais, na História da Salvação dessa mesma Humanidade.
José um homem do silêncio, do recolhimento, da meditação. Os evangelistas não relatam nenhuma palavra de José. Todavia, descrevem, até com detalhes, vários gestos e atitudes, bem práticos de ações e atividades, em favor de Maria e Jesus. Mostra-se um homem mais de ação do que de belas ideias. Nós, muitas vezes, somos mais propensos a arquitetar belos e bem organizados e planejados planos ou projetos de ação, mas boa parte das vezes permanecem no papel.
José um homem da escuta da Palavra de Deus, além, certamente, do que conhecia dos Escritos Sagrados da Antiga Aliança, José escuta o que Deus lhe fala pelos sonhos, no dizer dos evangelistas. Não só escuta, mas também obedece e realiza a Vontade de Deus, mesmo que muitas vezes não tem plena certeza a respeito do que Deus esteja lhe solicitando a executar. Mas, o faz, como acentua muito bem o Papa Francisco, não de uma forma mecânica, mas criativa, mostrando sua participação e colaboração na obra pedida pelo próprio Deus.
José um homem terno e cuidadoso de sua esposa e seu filho adotivo. Não mede esforços a fim de realizar, do melhor modo sua missão de esposo e de pai. Enfrenta dúvidas, problemas, dificuldades, receios, medos, adversidades, contudo, seu amor a Maria e a Jesus lhe dá força para superar tudo. É alguém que se esquece de si para servir o outro, em qualquer circunstância ou situação.
José um homem trabalhador, em sua marcenaria em favor da sociedade e um homem trabalhador do Reino de Deus, educando e sustentando a Jesus, o Rei do Universo. Guardião da Família de Nazaré, hoje reconhecido como Guardião da Família de Deus, a Igreja.