Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Solenidade de Todos os Santos e Santas

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Solenidade de Todos os Santos e Santas

Pe. Adilson José Colombi

No domingo (01/11/200, a liturgia da Igreja Católica nos apresentava o caminho que somos chamados e convidados a trilhar para viver a nossa vocação fundamental: a santidade. A Solenidade de Todos os Santos e Santas nos mostra que é possível realizar essa vocação. Estão, aí, os Santos e as Santas para comprovar a veracidade do caminho proposto por Jesus. O caminho da vivência da Boa Nova do Reino. Esse Reino tem como eixo principal e fundamental, a vivência das Bem-aventuranças.

O Evangelho proclamado (leia Mt 5,1-12a), durante a celebração eucarística, Mateus nos apresenta Jesus, dando aos discípulos e à multidão a instrução fundamental de como vão colocar, em prática, a lei básica da e na construção do Reino de Deus. As Bem-aventuranças evangélicas têm que ser entendidas, justamente no contexto da pregação sobre o Reino de Deus. É a sua vivência que mostra que o Reino de Deus está presente, nas pessoas e nas comunidades cristãs, transformando a sociedade e a cultura circunstantes.

A lógica das Bem-aventuranças é a proposta da libertação e salvação que Deus oferece, por meio de seu Filho, a todos os que estão abertos e disponíveis para acolhê-la e inseri-la em suas vidas. Os Santos e as Santas são o exemplo vivo dessa libertação e salvação já plenamente realizadas.

Bem-aventurado equivale a dizer felizes. Bem-aventurança, felicidade. Poder-se-ia perguntar: quem é realmente feliz? Será que o ideal de felicidade proposto, hoje, pela Sociedade e Cultura de consumo, do bem-estar material, do prazer, do ter sempre mais, coincide com o ideal proposto pela lógica de Deus, nas Bem-aventuranças? Quem tem razão? Como saber? Só fazendo a experiência concreta da vivência das Bem-Aventuranças se tem a resposta. Os Santos e as Santas fizeram essa experiência e não se arrependeram. Será que a gente tem essa coragem? O que me impede de começar?

Numa Sociedade e numa Cultura, onde há tanta miséria, fome, violência, gente infeliz, pode-se se questionar: qual é o verdadeiro fundamento de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais fraterna? Onde vamos encontrar a resposta mais adequada? Será na ganância, na competição, no acúmulo desmedido de bens materiais, na corrupção, na injustiça…? Será que o caminho vivido pelos Santos e Santas, o caminho das Bem-aventuranças, não é mais adequado para construir uma realidade sociocultural com outros valores e estilo de vida bem diverso daquele?

Mas, para isso ocorrer é preciso que me convença que Jesus está com a verdade e se quero ser feliz tenho que aceitar sua Pessoa e sua Proposta de vida em minha vida. Em outras palavras, acatar o chamado a ser santo (a) como meu Pai é Santo, continua Jesus nos dizendo. Portanto, viver cada um (a) sua vocação fundamental. Tenho consciência de meu chamado à santidade ou me conduzo apenas pelas minhas fraquezas, minhas inclinações? Medito, com frequência, a respeito do que me leva à vida plena? Para uma vida feliz, segundo Jesus?

Anteontem, celebrávamos os Todos Santos/as, ontem, todos os Falecidos. Os que passaram pela experiência da morte. Todos faremos, um dia, a mesma experiência. Esse é sempre um grande mistério para todos os viventes. Mesmo para os que creem, mas encontram nos ensinamentos de Jesus Cristo uma certeza: “a vida não é tirada, mas transformada”. Foi ele que disse: “Eu sou a ressurreição e a vida, que crê em mim não morrerá jamais (Jo 11 25”). Nesta semana, celebramos essa verdade. A fé nos diz isso.

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