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Todos a favor, “alguns” contra

Se fizer um censo, em todos os recantos do Brasil, certamente, todos os brasileiros e as brasileiras são a favor do combate severo e duro contra a corrupção. Ninguém aceita ou tolera o ato de se apropriar indevidamente do que não é seu. Mais ainda, se é dinheiro público. Aquele que deveria ser aplicado na […]

Se fizer um censo, em todos os recantos do Brasil, certamente, todos os brasileiros e as brasileiras são a favor do combate severo e duro contra a corrupção. Ninguém aceita ou tolera o ato de se apropriar indevidamente do que não é seu. Mais ainda, se é dinheiro público. Aquele que deveria ser aplicado na educação, na saúde, nas obras de infraestruturas, espaços de lazer, etc. Só que, aqui no Brasil, não é bem assim na prática do dia a dia. E não é difícil de constatar, pois quase cada dia temos notícias que alguns até falam contra a corrupção, mas, na prática, se mostram favoráveis a ela, inclusive usando seu status social e seus cargos para favorecer os corruptos.

É difícil de acreditar, mas a dinâmica se inverteu em muitos casos: ao invés de combater os corruptos e a corrupção se voltaram contra os que se esforçam para tentar, se não acabar com ela, ao menos diminui-la ou desvendá-la. Mas, esses “alguns” fazem discursos falaciosos e conseguem convencer “outros alguns” mal intencionados e até se servem da legislação para combater ferozmente os que lutam contra a corrupção. Claro que muitos têm “um grande interesse” no assunto e na prática travestida de elegante e pedante linguajar, inclusive escorado em juridicismo, para defender, segundo estes, “direitos humanos” e preservar de possíveis violações da legislação vigente, evidente, conforme sua ótica e hermenêutica oblíquas.

E não se trata de quaisquer categorias de pessoas. Não. São pessoas que têm grande poder e influência necessários para sustentar um combate eficiente e eficaz para, sem acabar com a corrupção, dar um “basta”, ao menos em alguns setores mais vulneráveis e mais utilizados, a fim de cercear o escorrimento do nosso suado dinheiro público nos “ralos” das várias vertentes dos canais, principalmente, em as Estatais. Estas além de serem, muitas delas um peso para o Estado, ainda são um campo propício para esses aproveitadores do erário público, assessorados por “peritos” que se dizem e se atribuem o papel ou o estandarte de defensores dos injustiçados ou oprimidos pelos que procuram aplicar, com severidade e seriedade, a legislação vigente a respeito da corrupção.

Segundo entendidos do assunto, o Brasil tem uma boa legislação anticorrupção, não precisaria muito mais do que já existe. Na verdade, o que falta é sua aplicação em todos os casos. Onde todos os brasileiros/as tenham os mesmos direitos e os mesmos deveres perante a lei em vigor. Infelizmente, não é bem isso que se observa. Têm algumas categorias de pessoas que pensam e outros agem como se esse princípio básico de nossa Carta Máxima tivesse outra aplicabilidade: aquela que “alguns brasileiros/as” não podem ser “molestados/as” pela legislação anticorrupção. Estão acima dela.

É triste ter que escrever tudo isso! Num pais tão lindo e rico de quase tudo. De um povo formidável. Hospedar e conviver com tipos de gente assim! Até quando será que vamos suportar esse tipo de procedimento desses “alguns”? Bom seria que tudo isso fosse, gradativamente, sanado por meio da educação em família e na escola. Onde a ética com seus valores que criam um estilo de vida muito diferente de tratar as pessoas, o uso dos bens, sobretudo, dos bens públicos em vista do bem comum. Estamos longe ainda, penso eu, mas é por aí que temos que caminhar, se quisermos ter um amanhã diferente para a nossa Pátria. Vamos fazer a nossa parte.