Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

“Uma Igreja sinodal em Missão”

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

“Uma Igreja sinodal em Missão”

Pe. Adilson José Colombi

A Igreja como foi amplamente divulgado se reuniu, de 04 a 29 de outubro, em Roma para um Sínodo, Foi a Primeira Sessão, pois haverá a Segunda Sessão, em outubro do próximo ano. Sínodo. Só para lembrar, é uma reunião de representantes de toda a Igreja para estudo de temas eclesiais. Tem, somente, caráter consultivo. Não decisório. É uma das maneiras de assessoria do Papa. Nesse Sínodo, pela primeira, participaram sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas (54 mulheres de todas as idades). Essas pessoas foram eleitas ou ocupam postos específicos ou foram convocadas pelo Papa. Antes eram só os bispos que participavam.

A Primeira Sessão terminou no domingo passado, 29 de outubro. Mas, produziu um Relatório de Síntese que serve para dar ciência a toda a Igreja do que foi discutido e apresentar algumas conclusões sobre o tema proposto – “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão”. É um relatório provisório, com um texto aprovado por todos membros participantes. Segundo à maioria, é um texto ambicioso que apela a uma maior “corresponsabilidade” entre todos os batizados na missão evangelizadora da Igreja e propondo reformas concretas para a alcançar.

Intitulado “Uma Igreja Sinodal em Missão”, o Relatório de Síntese de 42 páginas inclui propostas notáveis ​​para estabelecer novos ministérios para os leigos, aumentar o envolvimento dos leigos na tomada de decisões, criar processos para avaliar o desempenho dos bispos no seu ministério, mudar a forma como a Igreja discerne questões “controversas” e expande a presença das assembleias sinodais no futuro. “O exercício da corresponsabilidade é essencial para a sinodalidade e é necessário em todos os níveis da Igreja”. Diz o relatório. ” Cada cristão é uma missão no mundo”.

O documento também procura repetidamente fundamentar a sinodalidade nas Escrituras, na tradição e no ensino do Concílio Vaticano II, ao mesmo tempo que afirma a necessidade de desenvolver ainda mais o próprio conceito, muitas vezes mal compreendido, e de aplicá-lo mais profundamente à teologia da Igreja e ao direito canônico.

O próprio relatório final dá uma definição abrangente do termo. “A sinodalidade pode ser entendida como o caminhar dos cristãos com Cristo e rumo ao Reino, juntamente com toda a humanidade; orientada para a missão, envolve reunir-se em assembleia nos diferentes níveis eclesiais de vida, escutar-se, dialogar, discernir comunitariamente, construir consensos como expressão do fazer-se presente vivo de Cristo no Espírito, e tomar decisões de forma diferenciada com corresponsabilidade. ”

“Muitos destes temas permeiam o tratamento de 20 questões diferentes no documento, incluindo tudo, desde “iniciação cristã” até “missionários no ambiente digital”. O relatório de síntese destacou áreas de convergência, divergência e propostas concretas que surgiram durante as discussões dos 365 membros do sínodo sobre comunhão, participação e missão, de 4 a 28 de outubro. “

“Esta é a abordagem de Jesus, criar espaços para todos, para que ninguém se sinta excluído”, disse o chefe da secretaria do sínodo, cardeal Mario Grech, durante a apresentação. (CFr. Jonathan Liedl é editor sênior do National Catholic Register. ACIdigital, 30/10)

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