Padre brusquense se encontrará com papa Francisco no Vaticano
Vilson Groh viaja nesta quinta-feira, 9 para Roma e terá audiência com o papa no dia 16
O padre brusquense Vilson Groh, 62 anos, conhecido por seu trabalho na periferia, viverá um dos momentos mais importantes de sua trajetória de 35 anos de sacerdócio. Ele viaja hoje para Roma, onde se encontrará no dia 16, às 11h, com o papa Francisco, no Vaticano.
Lá, além de apresentar os projetos sociais realizados na periferia e entregar cartinhas de crianças ao papa, o padre também participará de um seminário e contará um pouco da experiência à frente da comunidade do Monte Serrat, em Florianópolis, local em que mora atualmente. “É um grande presente. A caminhada do papa e a nossa caminhada têm muitas coisas em comum”, diz Groh, que retornará ao Brasil no dia 18.
O padre, que ainda jovem deixou Brusque para estudar Teologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez da sua vida uma constante doação aos mais necessitados. Na capital, sempre esteve envolvido em ações que priorizassem o bem comum e promovessem dignidade aos mais carentes.
Instituto
Em função deste trabalho e com o aumento de pessoas atendidas na periferia, ele criou o Instituto Vilson Groh (IVG), que abrange diversas comunidades da capital, oferecendo apoio socioassistencial, por meio de oficinas culturais, artísticas e desportivas.
O IVG atua no Monte Cristo, por exemplo, onde tem o Centro de Educação Popular (Cedep) – primeira ONG criada pelo padre há quase três décadas. Ainda há o Centro Cultural Escrava Anastácia, o Centro Social Elisabeth Sarkamp, o Centro Cultural Marista São José, a Associação João Paulo II e o Centro Educacional Marista Lúcia Mayvorne, que entre outras atividades, oferecem cursinhos pré-vestibular gratuitos aos jovens da periferia.
O instituto também apoia a educação na região de Empada, no Sul de Guiné-Bissau, na África. O projeto tem como objetivo estruturar condições para o desenvolvimento do local, por meio de bolsas de estudo, kits com materiais escolares, alimentação no período de estudo e colônia de férias.
O padre Groh define que sua dedicação à periferia foi inspirada num trecho bíblico conhecido do evangelho de Mateus: “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver”. “Eu fiz deste texto o texto da minha vida”, ressalta.
Mesmo tendo deixado Brusque há tantos anos, o padre mantém uma relação afetiva forte com o município. “Minha mãe de 93 anos reside no Thomaz Coelho e por isso vou à cidade com frequência”.?
IVG
Mais informações sobre o trabalho do padre Vilson Groh e do instituto podem ser acessados neste site.