Pai do telefone celular
O nome desse mágico aparelho que está sempre nas nossas mãos é telefone celular. Mas, a preguiça ou a lei do menor esforço nos leva a, simplesmente, dizer celular. Do outro lado do Atlântico, nossos amigos portugueses chamam esse aparelhinho das mil maravilhas de telemóvel e os franceses de “télephone mobile ou portable”. Nos Estados […]
O nome desse mágico aparelho que está sempre nas nossas mãos é telefone celular. Mas, a preguiça ou a lei do menor esforço nos leva a, simplesmente, dizer celular. Do outro lado do Atlântico, nossos amigos portugueses chamam esse aparelhinho das mil maravilhas de telemóvel e os franceses de “télephone mobile ou portable”. Nos Estados Unidos, berço do celular, deram-lhe o nome de “cell phone”.
Pois foi nesse país, na década de 1970, que nasceu o protótipo do celular. Alguns anos antes, já haviam inventado o telefone sem fio, permitindo que o usuário se movesse falando ao aparelho. Mas, só funcionava próximo à uma base ligada à rede telefônica com fio. Já o telefone móvel foi muito além e permite que a gente possa viajar por esse mundo afora e falar de qualquer lugar.
O celular, dizem os homens da nanoeletrônica, usa uma rede de rádio de comunicação, com suas áreas de cobertura divididas em células. Daí o nome e é por isso que as cidades estão cheias de torres transmissoras plantadas sobre terrenos e edifícios para formar uma cadeia de conexões sem fim.
E como a história sempre destaca alguém para conferir-lhe a paternidade de alguma invenção, o engenheiro americano Martin Cooper é considerado o Pai do Telefone Celular. Foi ele quem, pela primeira vez, conseguiu a proeza de fazer a primeira chamada por meio de um telefone celular. Isso aconteceu em abril de 1973, numa avenida de Nova Iorque. Depois, Martin Cooper ligou para informar a novidade a um jornalista de um grande jornal. No dia seguinte, a notícia do grande feito correu o mundo.
Protótipo, é claro, é só o começo. O primeiro celular era um tijolo da Motorola, de quase um quilo. Mas dispensava a conexão a outro aparelho com fio e isso é que importava. Sua pequena bateria tinha duração de apenas meia hora. Seu custo de vinte mil reais, não cabia no bolso do povão e precisava ser reduzido. Foi uma disparada entre os concorrentes para se chegar à comercialização em massa.
Por ironia, o Japão e a Suécia chegaram antes dos americanos. Já em 1979, os celulares eram comercializados e usados nesses países. Nos Estados Unidos, isso só veio a ocorrer quatro anos depois. No Brasil, nosso trem sempre atrasado, a primeira ligação com o uso de um celular Motorola aconteceu em 1990, no Rio de Janeiro.
No entanto, o importante mesmo é saber que esse pequeno tablete eletrônico e sua ainda menor plaqueta cheia de minúsculos chips carregados com milhões de informações, vive nas mãos das pessoas de qualquer canto deste mundo, hoje transformado num quintal global e sem fronteiras virtuais.
Levantamos e deitamos com o celular nas mãos. Penso que, a continuar essa dependência, no próximo século ou quem sabe antes, as futuras crianças nascerão de celular nas mãos.