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Pai inspira filhas gêmeas a crer no poder da oração

Irmãs Eulina Visconti de Souza e Josefina Visconti Frena, 79 anos, são gratas pelos livramentos concedidos por Nossa Senhora Aparecida

Na casa da gêmeas Eulina Visconti de Souza e Josefina Visconti Frena, 79 anos, era proibido dormir sem antes rezar o terço em família. O pai mariano – devoto de Nossa Senhora Aparecida – praticava a religião diariamente e sempre incluía os filhos. E foi vendo a fé do pai e as bênçãos recebidas na família que as filhas cresceram com a mesma devoção.

Apesar de toda a dedicação em orações, as provações do mundo sempre existem e testam a fé dos fiéis. Isto também ocorreu com as gêmeas.

Josefina, por exemplo, lembra-se dos seus 14 anos, quando foi chamada para trabalhar de babá na casa de um casal em Florianópolis. Longe de toda a família. “Seria uma maneira de ajudar na renda de casa e minha mãe disse para eu ir. Mas eu mal tinha contato com a família. Para mandar cartas, os patrões precisavam ler primeiro”.

Por quatro meses ela ficou na capital catarinense, sem poder visitar a família. Assim que conseguiu, voltou para casa e, junto com os pais, agradeceu por nada ter ocorrido de ruim. Aos 28 anos de idade e com quatro filhos pequenos, Josefina ficou viúva, nove anos depois de casada. “Ele teve câncer nos ossos e no leito da morte eu prometi que cuidaria dos filhos e não deixaria ninguém judiá-los”, conta.

Miriany Farias

A partir de então, por 47 anos seguidos, a aposentada visitou, todos os anos, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. “Sempre senti que tinha muito a agradecer por tudo que ela me ajudou, porque eu precisava trabalhar e não tinha com quem deixar os filhos. Então deixava o mais velho cuidando dos menores e sempre pedi que ela olhasse por eles. Nunca aconteceu nada de ruim com eles”.

Agora, com os filhos criados, Josefina se dedica totalmente à igreja, como forma de retribuir tantas graças. “Todos os dias eu pego minha bicicleta, saiu do bairro São Pedro e vou à missa, na matriz”, diz.

Oração que salva
Ver a filha de 1 ano e meio ressuscitar, depois de três dias em cima de uma cama, é o grande milagre recebido na vida de Eulina. Assim que nasceu, a pequena Elvira pegou uma friagem na barriga, ainda no berçário. Isso fez com que, até os três anos, tudo que a menina comia, vomitava. “Os médicos não sabiam mais o que fazer e eu já não tinha mais forças para levá-la ao hospital”, conta.

Por três dias, a filha ficou toda roxa, em cima da cama. “Eu rezava muito pedindo para Nossa Senhora Aparecida me ajudar, porque ela é mãe e sabia o que eu estava passando”.

Já sem esperanças, o marido de Eulina foi até um farmacêutico para tentar uma última solução. Diante dos sintomas, receitou um remédio que deveria ser dado a cada 15 minutos para a menina. “Passamos a madrugada acordados, dando o remédio. O farmacêutico disse que se até as 6h30 do dia seguinte ela não voltasse, não tinha mais o que fazer”, lembra. Foi quando a filha começou a reagir e melhorou.

Hoje, com 59 anos, casada e com três filhos, Elvira segue os caminhos de fé da mãe e é catequista. “Eu sempre digo a ela que tem uma missão a cumprir nessa terra, pois se não fosse por um milagre, hoje ela não estaria aqui”.

Mesmo diante de tantos problemas enfrentados na vida, nada diminuiu a fé de Eulina, que é vista como uma pessoa que tem o dom de ajudar as pessoas. “Eu creio muito em Nossa Senhora Aparecida e tenho uma devoção muito grande a ela. Sou grata por cada segundo que estou viva. Ela é muito bondosa e generosa”.