Pais de menino desaparecido em Videira procuram filho em Brusque
Família chegou na manhã desta segunda-feira, 12, ao município e iniciou buscas na área central
Os pais de Cristian Alonço Belusso, 10 anos, vieram a Brusque nesta segunda-feira, 12, em busca do filho desaparecido desde o dia 5 de maio, em Videira, no Meio Oeste do estado. O drama de Reginaldo Alvez Belusso, 31, e Maristela Alonço, 26, já dura mais de um mês e até o momento, as únicas informações que receberam foi de que o menino teria sido visto em Brusque.
Em meio a tanta angústia, os pais e mais três tios do menino, saíram de Videira bem cedo e chegaram no município por volta das 8h. Eles iniciaram as buscas pela região central. Conversaram com algumas pessoas do comércio e espalharam cartazes do menino.
O foco dos pais ficou mais pela área em que ele teria sido visto, próximo à rodoviária. O pai acredita que permanecerá em Brusque até conseguir alguma informação mais concreta do filho. “Está bem complicado, não sei onde está dormindo, se está comendo, se está passando frio”, relata o pai.
A mãe também tem sofrido a falta do filho. Ela conta que as noites têm sido mal dormidas. O casal, que tem mais três filhos, Cristiano, 8, Artur, 3, e Luiz, 4 meses, conta que o de 8 anos é o que mais tem perguntado pelo irmão. “Ele chora e pede pelo irmão, porque eles brincavam sempre juntos”, conta Reginaldo.
Além de Brusque, a família pretende passar por outras cidades da região para espalhar os cartazes de Cristian. “Mas a esperança é de encontrarmos ele aqui em Brusque”, afirma o pai.
Segundo os pais, não há motivos para o menino ter fugido de casa, por isso acreditam que ele tenha sido raptado. “Ele é um menino tímido, calmo e todo mundo gostava dele lá perto de casa”, conta a mãe.
Nova informação
Uma nova informação trouxe mais esperança aos pais. Na sexta-feira, 9, por volta das 19h, um homem que trabalha próximo ao terminal urbano, no Centro, entrou em contato com Reginaldo, pois suspeitava ter atendido Cristian.
Segundo o homem, um menino esteve em seu estabelecimento para saber como atravessar a ponte Arthur Schlösser, que está interditada. Ele então explicou que deveria passar pela passarela próxima ao terminal urbano.
Durante a conversa com o menino, que se mostrava bastante tímido, o homem percebeu que ele usava o uniforme do Colégio Cônsul, com uma jaqueta de capuz que cobria a cabeça. O que lhe causou estranheza foi uma pequena máscara dourada que cobria apenas os olhos.
“Percebi que ele estava bastante sujo, com os pés e chinelos sujos. Consegui ver os cabelos, que pareciam ser um pouco mais compridos, pretos, e também estavam bastante sujos, parecia que estava há dias sem lavar”, lembra o homem, que preferiu não se identificar.
O homem tentou obter algumas informações com o menino, perguntou onde os pais trabalhavam, onde morava, mas o menino não respondia nada concretamente. No momento em que o homem tentou tirar a máscara dos olhos do menino, ele deu um passo para trás e correu em direção à passarela. “Vi que ele foi em direção ao Gaúcho Lanches”, conta.
Uma característica que chamou a atenção do homem foi uma cicatriz na mão direita, parecida com uma queimadura. Segundo os pais, pode ser de uma antiga verruga que ele tinha na mão e foi retirada.
A Polícia Militar foi informada pela testemunha. Mais tarde, ele ligou também para os pais. Depois, o homem ainda pegou seu carro e deu algumas voltas pela frente da Havan, na tentativa de reencontrar o menino, mas não teve sucesso.
Quem tiver informações pode avisar à Polícia Civil pelos telefones 197 ou 181, ou então a família no número: (49) 991-170-241. Os nomes dos pais são Reginaldo e Maristela.