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Pais reclamam da troca de horários e aulas vagas da escola Santa Terezinha; diretora se manifesta

Novo Ensino Médio teria causado mudanças e complicações junto aos ônibus municipais

Pais reclamam da troca de horários e aulas vagas da escola Santa Terezinha; diretora se manifesta

Novo Ensino Médio teria causado mudanças e complicações junto aos ônibus municipais

Pais de alunos da Escola de Ensino Básico Santa Terezinha, de Brusque, entraram em contato com o jornal O Município na manhã da segunda-feira, 21, com o objetivo de fazer reclamações referente aos horários dos ônibus municipais, aulas vagas e condutas da escola.

De acordo com os relatos, a aplicação do novo Ensino Médio nas escolas acarretou na troca dos horários das aulas, mas os ônibus municipais não estariam fornecendo horários compatíveis. Ou seja, alguns alunos que dependem do transporte não estariam conseguindo voltar para casa.

De acordo com Lurdes, mãe de uma aluna de 15 anos que estuda no primeiro ano do ensino médio do turno vespertino, existe a preocupação de deixar a filha esperando no ponto de ônibus sozinha por horas.

“Está um impasse. A escola diz que não pode liberar o aluno cinco minutos mais cedo. Já a empresa de ônibus nos diz que não pode alterar o horário da saída do ônibus do terminal, ou seja, o aluno fica sem transporte público para voltar para casa. Tenho uma filha de 15 anos e me preocupo com ela sozinha no ponto de ônibus todos os dias”, alegou Lurdes.

Ainda segundo a mãe, quando o aluno é liberado para ir para casa, ele vai até o ponto de ônibus, mas não adianta pois o transporte já passou pela parada.

Além disso, Lurdes diz que há um ônibus de cor amarela que a prefeitura disponibiliza para fazer o transporte dos alunos gratuitamente. Porém, mesmo que ele vá até alguns pontos específicos dos bairros, ele não consegue se adequar aos novos horários.

“Minha filha estuda no Santa Terezinha. Ela sai da escola de terça-feira à sexta-feira às 17h45. Nas segundas-feiras ela fica até as 18h45 na escola. O horário do ônibus que vem para os bairros Sorocaba e Limeira sai às 17h30 do terminal, ou seja, quinze minutos antes. Quando minha filha sai da escola e vai para o ponto, o ônibus já passou”, diz Lurdes.

“O outro ônibus só sai do terminal às 16h25. Estou questionando o tempo que ela tem que esperar no ponto. Há alunos que estão indo a pé até o a localidade do Ema. Se alteram o horário de escola, também deveriam olhar os horários de transporte público que os alunos utilizam. Nem as vans escolares conseguem atuar nesse novo horário, pois este é o horário que elas estão retornando com alunos do horário normal” conclui.

Aulas vagas

Mônica é mãe de uma aluna de 14 anos que estuda no turno matutino. Na segunda-feira, ela estuda das 7h30 às 13h15. Já de terça-feira à sexta-feira, as aulas começam as 7h30 e terminam 12h15.

A mãe diz que entrou em contato com os organizadores do ônibus de cor amarela, mas de acordo com ela, eles disseram que não conseguem se adequar aos novos horários.

Além disso, ela alega que alunos estariam saindo do ambiente escolar por conta da falta de alguns professores. A mãe diz ter visto alunos circulando pelo bairro sem o conhecimento dos pais.

“Além de não ter ônibus, não tem professor! Os alunos estão tendo aulas vagas, alguns saem e vão para um supermercado que fica próximo, outros ficam perambulando pelo colégio. Sobre os ônibus, há alunos que moram a quilômetros da escola, mas estão indo apé pra casa! Isso está um descaso”, afirma a mãe.

Ainda segundo Mônica, os horários propostos pela escola para abordar o novo Ensino Médio nunca foram cumpridos. Além disso, ela diz que quase todos os dias existe um aglomero de alunos e familiares do lado de fora da escola aguardando para os portões abrirem.

“O portão fica fechado e isso gera uma fila enorme. Além disso, sempre tenho que estar buscando minha filha mais cedo pois a falta de professores acaba gerando aulas vagas com frequência”, conclui.

Escola se manifesta

A atual diretora da escola, Marcela Perilli, se manifestou sobre as questões abordadas pelos pais. Segundo ela, o maior problema é a falta de paciência quanto as adaptações que a escola e a prefeitura precisam fazer.

“O novo horário é uma lei e nós precisamos cumprir a lei. Já tivemos reuniões com o pessoal do transporte municipal e essas questões estão sendo resolvidas. Alguns horários inclusive já mudaram. A partir desta segunda-feira, 21, o ônibus amarelo já lavará os alunos que moram no Limeira e região por volta de 18h45. Os alunos também já estão fazendo as carteirinhas para serem carregadas com os passes diários”, afirma Marcela.

Horários

Questionada sobre as reclamações dos pais sobre os horários, a diretora afirma que á uma má comunicação, visto que os ônibus já estão conseguindo atender os alunos e os que ainda não estão, vão alterar horários para ajudar.

“O que acontece é que muitos alunos precisam ir até o Senai e isso torna o choque de horários óbvio. O Senai não abre mão de que os alunos cheguem atrasados e os pais querem que os filhos saiam mais cedo para almoçar em casa e ir até o Senai posteriormente. Isso será impossível de conceber, os pais também precisam se adaptar”, alega a diretora.

Ela afirma não permitirá a saída antecipada de alunos pois a escola preza pela segurança deles. Somente o turno da manhã conta com mais de mil alunos, sendo assim, se for concebida a antecipação da saída de cada um, seria impossível a escola garantir a segurança de mil alunos fora da escola.

“As outras entidades também precisam se adaptar pois todas as escolas possuem os mesmos horários. Não podemos abrir mão do novo Ensino Médio. O ônibus que sairia do terminal às 17h30 é mentira, pois há um ônibus que sai do terminal às 18h10 e chega aqui 18h20, o aluno não irá esperar muito. Os pais estão sem paciência, mas todo mundo precisa se adaptar. Os alunos já estão sendo informados de todas as mudanças”, desabafa.

Aulas vagas e portão

Marcela diz que é questionada pelos pais com frequência, mas pede calma quanto a falta de professores. Segundo ela, o sistema de recruta não é tão rápido e diz que a escola vem sofrendo com a desistência de profissionais.

“Isso vem acontecendo infelizmente. Uma professora de espanhol acabou desistindo e já iniciamos um novo processo para chamar outra. Outro professor de geografia também desistiu, estamos nos adaptando e tentando resolver esses problemas da forma mais rápida possível. Quantos aos alunos circulando pelo bairro, vamos averiguar o que está acontecendo”, diz.

Sobre as reclamações dos portões fechados, a diretora afirma que o processo é necessário para que a escola seja completamente higienizada para receber os alunos e cumprir com todas as normas.

“A aula começa as 7h30 e abrimos os portões as 7h15. A tarde abrimos por volta de 15 minutos antes das aulas começarem também. Precisamos de um tempo para higienizar a escola, não existe outra maneira. Como há alunos que chegam aqui por volta das 6h30, a fila se forma, não há muito que fazer. Nossa escola não tem 100 alunos no matutino, ela tem 1000. Precisamos garantir que a escola estará segura para receber todos eles. Claro, em casos de chuva abrimos exceções, mas preciso que os pais tenham paciência, pois a maioria das escolas também sofrem com isso”, conclui Marcela.


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