Paixão da infância: moradores de Brusque colecionam milhares de tazos
Tazos fizeram parte da infância de diversas crianças
Com a volta dos tazos anunciada pela PepsiCo e que já podem ser encontrados dentro dos salgadinhos, com o tema Pac-Man, o jornal O Município procurou pessoas que colecionam o item que era moda nos anos 90. A novidade fez com que muitas coleções, que estavam finalizadas, fossem reabertas para novas aquisições.
Cinco mil tazos compõem a coleção de Wilian Horn, de 29 anos, morador do bairro Guarani, em Brusque. Ele iniciou a coleção ainda pequeno. Na escola ganhava tazos dos colegas e também juntava os que encontrava dentro do ônibus, quando usava o transporte com a mãe.
O brusquense não tinha condições de comprar salgadinho sempre, mas recorda das vezes em que parava o padeiro que passava de carro na estrada para adquirir o item.
O que não tinha de quando era criança, comprou ao longo do tempo. Horn tem cerca de 25 coleções lançadas no Brasil. Ele tem a intenção de comprar tazos de outros países, mas primeiro pretende finalizar as coleções que já tem.
Para o colecionador, os tazos que guarda representam nostalgia. “Lembra uma época que foi boa, traz boas lembranças”.
Dentre as preferidas dele estão a do Pokemon, do Digimon, do Brilha Susto, que é com a Família Addams, e o do Susto Partes, que vinha itens como dedo, nariz e orelha.
O colecionador ainda tem itens raros, como um tazo que era premiado que podia ser trocado por um salgadinho. Muitas pessoas trocaram o item, o que o tornou raro. A coleção Em Busca da Aventura, que ilustra Chester Cheetos e o Fandangos, é outra preciosidade no acervo de Horn.
Dos novos tazos com o tema Pac-Man, o colecionador já comprou cerca de 40 salgadinhos e pretende adquirir mais.
José Marcos de Souza, 24 anos, morador do bairro Dom Joaquim, coleciona mais de mil tazos. O famoso brinquedo, encontrado dentro dos salgadinhos, fez parte da infância de muitas crianças, inclusive da de Souza.
No entanto, quando criança ele não tinha como comprar o salgadinho para colecionar o brinquedo. “Era apaixonado e não tinha condições de ter”. Já adulto, resolveu colecionar para realizar o sonho de pequeno.
Souza conta que é colecionador desde os oitos anos, quando ganhou uma moeda antiga de um tio. Os tazos fazem parte de uma coleção que é composta por moedas, cédulas, entre outros.
Foi quando ganhou três tazos de um amigo que ele resolveu colecionar. “Bateu a nostalgia”, lembra. A partir disso Souza começou a pesquisar as coleções na internet. Em quase dois anos ele já comprou mais de mil tazos.
Ele tem coleções completas como a do Looney Tunes, Pokémon e Digimon. Entre os preferidos dele estão os da Copa Toon, de 2002, baseado na Copa do Mundo. “Foram um dos meus poucos tazos [na infância]”, recorda. Souza tem a coleção completa, que ele adquiriu de forma avulsa, porque a fechada se torna mais cara.
A coleção Chester Cheetos na Máquina do Tempo também é uma das favoritas do colecionador. Os 50 tazos são divididos em três faixas: o presente, passado e futuro.
A vasta coleção ainda tem tazos do Yu-Gi-Oh, do Bob Esponja, de metal e da Liga da Justiça e do Dragon Ball no formato spinner, que forma um pião.
Também há tazos de Pokemón e Digimon no formato retangular. Souza também guarda tapetazos, usados para brincar, e um porta tazos.