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Pandemia em Brusque será controlada quando 70% da população estiver vacinada, diz infectologista

Secretaria de Saúde reforça a importância da vacinação e solicita que as pessoas tomem a segunda dose

A Secretaria de Saúde de Brusque acredita que com 70% da população vacinada contra a Covid-19 será possível controlar a pandemia. Por esse motivo, a pasta foca os trabalhos na imunização e reforça a importância da população tomar as duas doses da vacina. Em uma coletiva realizada na tarde desta terça-feira, 8, a pasta divulgou um balanço das ações de enfrentamento da pandemia de Covid-19 na cidade.

O médico infectologista da Vigilância Epidemiológica de Brusque, Ricardo Alexandre Freitas explica que há três vacinas na cidade e todas se mostram eficazes contra a variante. “Se tivermos 70% da população imunizada conseguimos o controle da pandemia. A eficácia não faz tanta diferença, pois o bloco de pessoas imunizadas inviabiliza a circulação do vírus. A luta é para chegar nos 70%”, esclarece.

Ariane Fischer, diretora da Vigilância em Saúde de Brusque, diz que até o momento já foram aplicadas mais de 47,3 mil doses, sendo 33 mil como primeira dose e 13,9 mil pessoas que estão completamente imunizadas, ou seja, que tomaram as duas doses do imunizante. “Gostaríamos de vacinar muito mais, mas recebemos uma média de 3 mil doses por semana”, esclarece.

Ela ainda ressalta que a orientação da Secretaria de Saúde para quem já foi imunizado é para tomar a mesma vacina na segunda dose, pois os laboratórios não recomendam a intercambialidade entre os imunizantes.

“Nossa prioridade é barrar a evolução da doença para evitar a próxima onda e priorizar a vacinação. Quanto maior o número de pessoas vacinadas melhor será o controle da pandemia. Nossa prioridade é vacinar, quanto mais doses recebermos, mais agilidade daremos ao processo de vacinação. Vacinaremos nos fins de semana ou sistema drive thru para atingirmos o maior número de pessoas o mais rápido possível”, ressalta o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza.

Ações de enfrentamento

Conforme o secretário, a motivação para apresentar os dados na coletiva foi a CPI da Covid, além de evitar informações desencontradas e as fake news.

Segundo Souza, desde 21 de março de 2020, quando foi aberto o Centro de Triagem (CT), a cidade já realizou mais de 193 mil consultas – número superior à população de Brusque. O secretário explica que algumas pessoas foram ao CT mais de uma vez após apresentarem os sintomas. Além disso, foram distribuídos 1,8 milhão de itens como comprimidos, xaropes e nebulizações.

Sistema apresentado pela Secretaria de Saúde centraliza as informações sobre a pandemia na cidade | Foto: Eliz Haacke

De acordo com Souza, a taxa de mortalidade em decorrência da Covid-19 é de 1% em Brusque. No entanto, o secretário afirma que a cidade está abaixo da média nacional e do Vale do Itajaí.

“A população foi bastante compreensiva e ajudou a evitarmos uma tragédia maior. Sofremos como todos os municípios do país com a segunda onda que teve uma demanda muito grande pelos leitos de UTI. Praticamente não tivemos demanda de transferir pacientes para outras cidades, inclusive nós que recebemos de outras cidades”.

Ele também ressalta que nas enfermarias dos hospitais da cidade as notícias foram boas, pois não ocorreu nenhum colapso e sempre há leitos para quem precisa. O secretário ressalta que as avaliações devem ser relativizadas e quando os números de Brusque são comparados aos das demais cidades, eles mostram que o município tem “perspectiva de ter a pandemia sob controle, caso alcancem a meta de vacinação”.

Transparência

Na oportunidade, a pasta também divulgou o novo sistema que reúne todas as informações de casos confirmados, óbitos, pacientes internados, consultas realizadas no CT, entre outros. O Siscov centraliza todas as informações e tem o objetivo de trazer confiabilidade e transparência aos dados, conforme explica a pasta.

O médico infectologista ainda acrescenta que apenas três idosos que estavam completamente imunizados morreram em decorrência da Covid-19. No entanto, a Secretaria de Saúde avalia se eles tinham alguma comorbidade “que pudesse ser suplementar a vacina”.


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