Características do Halloween em Brusque: uma análise do papo de bar
Ralou In
Hoje vamos falar do “Ralou In”! Sim, o Dia das Bruxas dos americanos, o famoso Halloween, que já gerou mais de duzentos e oitenta e cinco mil filmes de terror nas telas do cinema e que ajuda a empurrar a máquina ianque de vender chocolates e guloseimas em geral. Nos Estados Unidos, esse dia movimenta a bagatela de 9 bilhões de dólares, não chega nem aos pés do volume de venda de cachorro quente da Igreja Matriz, mas é um bom número, não dá pra gente desprezar!
Antigamente não tinha disso
“No meu tempo” (lá vem o chato!) não tinha essas “bobiças” e confesso que não fez
Nenhuma falta também. “No meu tempo” a gente se assustava só com nota baixa na caderneta, com a mãe berrando no portão “vem pra casa já”, com cinta e varinha de pé de chorão, esse sim era o nosso verdadeiro “ralou in”. Mas como tudo que os “Papa Pepsi com batata frita” fazem é copiado por aqui, essa tradição de se fantasiar e sair pelas casas pedindo gostosuras e fazendo travessuras caiu nas graças da gurizada e hoje em dia é muito comum ver “hordas” de monstros, fantasmas, bruxas, esqueletos, caveiras e Marinas Silva por aí assustando o pessoal, aumentando o
número de espinhas na cara da turma e consequentemente enricando os dermatologistas
por esse mundo afora.
Sexta-feira 13
Na rua onde fica a minha meia água, essa semana apareceram algumas turmas fantasiadas e pedindo guloseimas. Bateram palmas na frente do portão e fui ver quem era. Era uma zumbizada junto com uns Freddy Kruger do Paraguai e mais umas bruxinhas sem verruga na ponta do nariz.
– Oi tio, gostosuras ou travessuras?
Aqui vou abrir um parêntese, quando te chamam de tio é porque a coisa realmente foi
pro beleléu, pode começar a treinar pra jogar dominó nos Jogos Comunitários, amigo.
– Opa, espera aí que vou ver na minha dispensa! – respondi pro guri.
Eles devem ter pensado, onde esse cara vive que ainda existe dispensa?
Garimpando
Então fui até a dispensa ver se tinha alguma coisa e só tinha uma barra de chocolate
daquelas hidrogenadas que tinha sobrado da Páscoa, só não sei de qual Páscoa. Olhei de
novo e vi uns doces de Natal “pintados”, aqueles que custam os “olhos da cara”. Procurei mais um pouco e achei um saco de bala de banana. Estava vencida, mas pensei comigo: monstro, bruxa e personagem de filme de terror não devem dar bola pra isso, né! Na saída da dispensa encontrei uma abóbora moranga igual aquelas que eles usam no Halloween americano. Tinha comprado essa abóbora uma vez pra fazer um camarão na moranga, mas não sei fazer e o camarão tá caro pra dedéu, então ficou ali! Peguei essa “pacoteira” toda: barra de chocolate hidrogenada (meio amargo ainda pra judiar), doce de Natal “pintado”, o pacote de bala de banana, a abóbora e fui entregar pra galera, todo faceiro (by Alisson Spitzner), antes que eles pichassem meu muro ou enchessem a casa de ovo nas paredes. Se bem que ovo eles não jogam mais porque está caro pra mais de metro!
Mim acher
E lá fui eu até o portão distribuir as guloseimas. Nisso um gurizão já berrou lá de longe:
– Porra, chocolate hidrogenado, tio! Só a minha “bisa” come isso aí, é daqueles
chocolates que grudam no céu da boca, tás é fora!
E uma outra menina:
– Bolacha de Natal? Mas o que é isso? Isso aí engorda mais que Leite Moça com
Nescau!
E o melhor de todos foi um gordinho, apontando o dedo:
– Cara, essa fábrica de bala de banana aí já faliu faz uns cinco anos atrás, era lá da Ilhota, até ficaram devendo um dinheiro pro meu pai que é agiota. Isso aí deve tá mais vencido que o suvaco do cara que passa o rolo em cima do asfalto quente ali na Ivo Silveira, ô!
– E a abóbora? – perguntei deixando a bola pingando…
– Enfia no c…
Eia, gordinho filha da mãe!
Kit Ralouin de Pobre
Panela na cabeça
Lençol furado pra virar fantasma
Pau de macarrão de espada
Mercúrio vencido pra imitar sangue ou sache de catchup que veio na pizza gigante do sábado a noite
Hipoglós pro rosto ficar branco
Barba de velho
Corrente do Rex, SRD caramelo da família, para arrastar no chão
Nugget de sapato preto pra escurecer o olho
Dentadura de vampiro que vem no pacote de pipoca
Capacete de melancia
Os asnos
Falando em filme de terror, já comentei aqui com vocês que ao lado da minha meia água tem uma rua que é de barro e ao lado dela existe uma outra paralela a essa que é totalmente calçada, mas que os asnos preferem passar de carro na de barro provavelmente para levantar poeira e achar que estão no Rally dos Sertões de Corsa Wind com película. Pois então, bem próximo a essa rua fica a nova Beira-Rio do IFC e a barragem do Samae para a captação de água. Com as várias cheias do rio Itajaí-Mirim, uma parte dessa Beira-Rio foi pro vinagre e a barragem também, porque como a água comeu a lateral dela, ela não represa mais como é para represar, prejudicando assim a captação de água. A prefeitura está desde quando começaram as cheias colocando pedras ali naquele local. Já jogaram mais pedras ali do que na Geni, e olha que não deve ser barato! No feriado de finados (ontem) a prefeitura também trabalhou no local, mesmo com chuva. Então vocês imaginem só o lamaçal que não estava aquilo ali. E adivinha só por onde os asnos versão carteira assinada passaram com os seus caminhões cheios de lama? Na rua de barro, é óbvio né Lauritz! Não, eles passaram pela rua calçada emporcalhando tudo em pleno feriado. Será que no meio disso tudo não tem um asno com dois ou três neurônios a mais que olhe e fale pros outros asnos: “Rapazi, “será se” não era melhor a gente passar com os caminhões sujos aqui nessa rua de barro que faz o mesmo trajeto e aí não sujamos a rua e não incomodamos os moradores?!” Não deve ter, né!?
Puxando o Saco
O “Puxando o Saco” dessa semana vai para os aniversariantes Fabrício Bado (Fabico),
Dona Rosélis Caetano, Felippe Heinig, Charleston Braz, Aerton Feuzer, Jeferson
Ramos (Jéff), Clovis Possamai, Otaviano Almeida, Nelsinho Zen, Demian Moritz,
Eduardo Erbs, Charles Fischer, Eduardo Gohr e João Vicente Mafra. Bom final de semana a todos e fiquem com Deus!
Sabedoria Butecular
“Se falam de você pelas costas é sinal de que você está na frente.” – Augustinho Carrara