A volta dos que não foram
Bem amigos da Rede Globo, depois de merecidas férias, voltamos agora em definitivo e com o estoque bem recheado de notícias para os nossos ilustres meia dúzia de cinco leitores. As férias, graças ao bom Deus, foram muito proveitosas e provocaram um aumento considerável da circunferência barrigo-abdominal em mais alguns centímetros. Isso é o pior do verão, engordar vendo um monte de magrelos correndo na praia às sete e meia da manhã. Se bem que a moda agora na praia é o “bit” tênis, como diz um amigo meu: “Ô Lauritx, até no Perequê já tem!”.
Super Nescau
Enquanto você está tomando aquele Toddy gelado com uma fatia de pão de milho caseiro recheada de nata, muss de banana e outros acompanhamentos, os caras estão queimando calorias na beira-mar. Cheguei a conclusão que é por isso que a camada de ozônio está se acabando, por causa desse pessoal que fica queimando calorias direto.
Férias?
Mas nesse comecinho de ano me pus a ferver a cachola pensando numa coisa:
por que é que a gente sai do conforto do nosso lar no final do ano para ir até a praia?
O que nos leva a ter o desprazer de enfrentar congestionamentos enormes e aturar motoristas imbecis por essas estradas afora?
Por que vamos para um lugar onde os serviços mais básicos como água, luz e coleta de lixo são tão precários?
Por que vamos todos curtir nossas módicas férias em um lugar onde os preços das coisas são mais caros do que os da nossa cidade?
Por que vamos todos para um lugar onde as filas são uma constante, seja no supermercado, no “shopping”, no restaurante, no bar, etc?
Você trabalha o ano todo como um cavalo e resolve, como todos os anos, pegar as suas tralhas e rumar com destino as nossas paradisíacas praias para ter o merecido “dolce far niente” a beira mar, tomando aquela cervejinha gelada e saboreando aqueles petiscos tão tradicionais do nosso litoral. Que sonho!
Mas é tudo mentira, é só incomodação! É o supermercado lotado com preços ridículos, é o vizinho que devia trabalhar na Nasa de tanto que gosta de foguete, é aquele sapecão que o cara já leva no primeiro dia de praia que tem que dormir no cabide todo lambuzado de Caladril, é ter que aturar os sons do momento que a rapaziada ouve no último volume, é aturar aqueles garçons burros que você pede uma cerveja gelada, vem uma coca quente, é você tentar ir para uma praia como Mariscal e ter que aturar um engarrafamento igual ao de São Paulo, enfim, o cara paga pra se incomodar durante 10 dias que eram para ser de descanso total e absoluto.
E agora que acabaram as férias, vamos fazer o que?
Voltar toda sexta-feira pra praia, é claro, afinal de contas, férias são como sexo, mesmo quando é ruim ainda é bom!
Vamos no mercado, galera?
Você está na praia e vai ao mercado. Sempre lotado, né? Sabe por quê? Simples, porque ninguém vai sozinho ao mercado! Pode ver senão estão aqueles quatro, cinco marmanjos sem camisa discutindo o preço da cerveja ou escolhendo dez mil vezes qual é o toco de carne que eles vão levar pra queimar. Então chega no caixa e tem cinco com um carrinho. Na hora de rachar a conta um dá dinheiro, o outro dá um cartão, o outro passa uma parte num cartão e outra no cartão da mãe, o outro tem tícket, mas aí descobrem que não vale pra bebida e também sempre tem aquele que quer passar aquele voador que cai só depois do Corpus Christi. Mais demora ainda!
Palito tem que ser Gina e tá acabado!
Tem ainda aquelas duas ou três irmãs ou duas três cunhadas que são as responsáveis pela cozinha da casa de praia, que levam as crianças junto pra aproveitar pra “tirar elas de dentro de casa” e abarrotar os corredores de gente sem ter o que fazer. Essas ficam discutindo a marca de amaciante de roupa, da margarina, do papel higiênico se é lixa ou não é, da caixa de fósforo, do palito de dente, discutem até de “maizena” se bobear.
E sempre tem aquela vovozinha cútxi-cútxi que esquece de pegar o vidro de ovo de codorna que o vô pediu pra trazer sem falta…
Primeira Piada de 2022
Diz a lenda que num jogo do time de futebol do glorioso 10 de Junho, o folclórico Mão de Onça, grandiosíssima figura da nossa querida Guabiruba, adentrou o vestiário onde se encontrava o juiz da partida e começou a falar:
– Isguta agui! O senhor gui é o xuíz do nosso xogo hoxe?
– Sim, senhor! – respondeu o árbitro da peleia, ainda se arrumando para entrar em campo.
– Inton é o seguinte, xá vô ti atiantando que se nóis perter o xogo pra eles tu abanhas!
E se nóis empatar o xogo coneles tu também abanhas também! Tá endendido?!
– Tá, mas e se vocês ganharem o jogo? – perguntou o juízão, já meio preocoupado.
– Pom, se nóis ganhar o xogo, taí tu abanhas teles!
Puxando o Saco
O “Puxando o Saco” dessa semana vai para os aniversariantes Charlles (Lico) Zucco, Dinho Siemsen, Silvana Minella Rodrigues, Leoberto de Souza Jr (Fumaça), Marcelo Tomazoni, Ricardo José Engel, Tadeu Schlindwein, Kiko Zen, Túlio Tórmena, Diego Galassini, Luiz Henrique Hoefelmann (Luiba), Maicon Testoni, Gui Albani, João Macedo, Roger Zen, Carlos Eduardo Knihs, Alexandre Valle e Fernando Sevegnani (Janjão). Bom final de semana e que esse 2022 seja um ano de muita saúde e felicidades para todos nós, se Deus quiser!
Sabedoria Butecular
O Brasil é o mais antigo país do futuro que eu conheço
– Millôr Fernandes