Muitos países estabeleceram restrições em relação à entrada de brasileiros
Para agências de Brusque, viagens internacionais só serão normalizadas no segundo semestre
Entrada de brasileiros em vários países está restrita por causa do agravamento da pandemia e novas cepas da Covid-19 no Brasil
Após um momento de otimismo no fim de 2020, as agências de turismo de Brusque e região voltaram a ter queda de procura com o agravamento da pandemia e também na descoberta de novas cepas da Covid-19. Muitos países estabeleceram restrições em relação à entrada de brasileiros e, outra vez, a maior demanda das empresas é para negociações de pacotes já comprados.
Proprietário da JRS Turismo, Jonas Rafael Schneider, agência de Lontras que tem dois representantes de Brusque, conta que atualmente não há nenhum planejamento para viagens internacionais. Ele acredita que é necessário uma definição de padrões mundiais para entrada de estrangeiros para que os brasileiros possam voltar a visitar outros países.
“Existe um movimento mundial para que haja uma carteira internacional de imunização para Covid19, acredito que sem isso alinhado entre todos os países do mundo, fica difícil do brasileiro efetuar viagens ao exterior. Ninguém quer ir para foram pagar 100 dólares no teste na ida, mais 100 no teste na volta. Além disso, na maioria dos casos ficar de 7 a 14 dias em quarentena”, explica.
Ele conta que entre outubro e novembro e depois janeiro e fevereiro, houve uma busca forte por viagens, mas que a queda na procura foi forte depois desse período. Atualmente, a agência lida com vários cancelamentos e remarcações por causa da insegurança dos clientes e também das restrições definidas pelas autoridades. Na opinião de Schneider, o mercado de turismo internacional só deve reaquecer em 2022.
“Cada dia é uma surpresa”
Uma das sócias da CVC de Brusque, Marcela Klein Schneider conta que a maioria das fronteiras estão fechadas para brasileiros, e que a expectativa é que o panorama mude principalmente no fim do segundo semestre.
Marcela relata que o dia a dia das agências está sendo com uma surpresa a cada dia, já que a situação da pandemia altera-se rapidamente em diversos lugares.
Entre janeiro e fevereiro, a procura por pacotes foi boa, mas ela também relata uma queda a partir de março. Marcela explica que a empresa está insegura quanto a situação de viagens para o exterior e que, por isso, está negociando com clientes para que fiquem com o crédito do valor investido para o futuro ou remarcações.
“A cada momento surgem novas regras. Não estamos recomendando viajar para fora, porque amanhã pode aparecer uma nova restrição não só no exterior, mas também no Brasil. Cada dia é uma surpresa”.
Destinos abertos
Proprietária da Rose Cia de Viagens, de Guabiruba, Roselaine Erthal Fischer também relata uma queda do volume de procura em fevereiro e março por conta da situação da pandemia no país.
Apesar das restrições no exterior, Roselaine explica que, no Brasil, os agentes do turismo estão preparados para receber visitantes.
“Teremos um ano de mais viagens nacionais. Conhecer o Brasil e ajudar o turismo interno é maravilhoso, assim ajudamos a nossa “máquina” a se desenvolver melhor. O Brasil é grande demais e tem muitos destinos abertos e preparados para receber os turistas. Os aeroportos estão preparados, os aviões, os destinos, todos super preparados”, diz.
Ela conta que, mesmo com Estados Unidos e Europa fechados para os brasileiros, alguns outros países estão recebendo turistas do país, como o México.
“As viagens para Cancún e Punta Cana já abriram, assim como Turquia, Egito, Dubai, Maldivas… Enfim, tem muitos países abertos e preparados. A Europa tem previsão de abrir em junho para as viagens entre eles. Logo poderemos estar caminhando por lá também. Nesse momento, mais do que nunca, é muito importante procurar uma agência de viagens cadastrada na Embratur, para ajudar na viagem, e em todos os trâmites e detalhes para cada destino”, ressalta.
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