Para reduzir chance de volta do câncer, menina Helena, de Brusque, passa por tratamento nos Estados Unidos
Helena é a primeira brasileira entre 600 crianças que passam por este tratamento, que está em fase de estudos
Helena é a primeira brasileira entre 600 crianças que passam por este tratamento, que está em fase de estudos
Por Luiz Antonello e Thiago Facchini
A menina Helena Bottós Lema, de Brusque, passou por uma nova fase do tratamento contra o câncer, desta vez nos Estados Unidos. A família da brusquense viajou para o país em busca de um tratamento que pode diminuir a chance da volta do câncer.
Ela foi diagnosticada com neuroblastoma IV aos quatro anos de idade, um câncer gravíssimo. Para salvar a menina, a família se mudou para Espanha, buscando tratamento.
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Porém, das poucas crianças com neuroblastoma IV metastático de alto risco que alcançam a remissão completa do câncer, até 60% delas apresentam recaída da doença após alguns anos.
“Este é um tratamento que ela está fazendo na fase de remissão, quando ela já não tem mais o câncer detectável, quando ele não está mais ativo e já sumiram todas as metástases. Isto foi depois destes dois anos que ficamos na Espanha”, afirma a mãe de Helena, Juliana Bottós.
Depois de muita pesquisa buscando reduzir a possibilidade de volta do câncer, a menina Helena e sua família viajaram para os Estados Unidos pela terceira vez neste ano, onde ela passou por um tratamento que pode reduzir para 15% a possibilidade de retorno da doença ao longo dos anos.
Este tratamento ainda passa por estudos científicos e está em fase avançada de aprovação pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos. Helena é a primeira brasileira a passar por este tratamento, entre outras 600 crianças no mundo.
Trata-se de uma medicação usada diariamente durante dois anos. O tratamento se iniciou em março deste ano, quando a família de Helena ainda estava na Espanha, e a expectativa é que seja concluído em março de 2023.
“Agora o importante é um tratamento de ‘manutenção’, que é um tratamento para que o câncer não volte, porque infelizmente o neuroblastoma é um câncer muito agressivo. Então, as poucas crianças que conseguem entrar em remissão, isto quer dizer, desaparecer o câncer e a metástase, até 60% das vezes pode voltar o câncer. E, quando ele volta, a taxa de sobrevida é muito baixa. Então, estamos fazendo de tudo para que nunca mais volte”, diz a mãe.
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