Para zerar filas em creches, Brusque pretende adquirir vagas em instituições privadas
Secretaria de Educação contabiliza pouco mais de 1 mil crianças na lista de espera
Secretaria de Educação contabiliza pouco mais de 1 mil crianças na lista de espera
Brusque estuda zerar as filas em creches municipais por meio de aquisição de vagas na iniciativa privada. A ação consta no projeto Brusque 2030, elaborado pela prefeitura.
Conforme informações da Secretaria de Educação, no momento há pouco mais de 1 mil inscritos na Fila Única. De acordo com a secretária da pasta, Eliani Buemo, por meio de um edital será realizado o primeiro credenciamento das instituições de ensino. Posteriormente, a Prefeitura de Brusque, por meio da Secretaria de Educação, irá adquirir as vagas.
Eliani avalia positivamente a ideia pois aumentará a oferta de vagas no município. “Vale ressaltar que em 2021 aumentamos em 527 novas matrículas. Lembrando que no período da pandemia de Covid-19, temos a restrição do número de crianças por turma”, salienta a secretária.
Ela ainda adianta que as instituições privadas deverão estar adequadas ao edital e que não haverá conversa prévia com as escolas.
A secretária explica que a iniciativa de comprar vagas já existe em alguns municípios. Em 2019, as Prefeituras de Blumenau e Jaraguá do Sul também adquiriram vagas em instituições privadas para zerar as filas dos municípios.
A reportagem do jornal O Município entrou em contato com algumas escolas privadas de Brusque para compreender se as instituições conseguirão atender a demanda da cidade.
Conforme o diretor do Colégio Cônsul Carlos Renaux, Otto Hermann Grimm, a lista de espera por uma vaga em creche é histórica. Ele considera que é importante a prefeitura buscar alternativas para resolver essa situação.
No entanto, ele afirma que é preciso um planejamento do período em que a escola atenderá essas crianças para que as instituições possam se programar, além de compreender a proposta de trabalho e os critérios que deverão utilizar.
O gerente do Sesc Escola, Edemar Luiz Aléssio, o Palmito, avalia positivamente a ideia e diz que a iniciativa pública e privada tem que trabalhar junto. “Em algumas atividades nós temos vagas, mas por conta da Covid-19 não divulgamos para manter o distanciamento. Assim que voltar ao normal, teremos vagas em aberto”, diz.
Para ele, a iniciativa daria oportunidade para as crianças estudarem. “Essa parceria é legal, público e privado tem que trabalhar junto, temos que modernizar isso e tornar as coisas mais fáceis para população. Claro que teríamos que sentar e conversar, mas eu vejo com bons olhos. Quem vai ganhar é a população”, avalia.
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