Paralimpíadas: a emoção que poucos sentem
O fim das Olimpíadas comumente vem acompanhado de um misto de saudade e “quero mais”. Apesar das contradições que giraram em torno do evento, milhares de pessoas o prestigiaram: torceram, choraram, abraçaram, comemoraram. Um turbilhão de sensações invadiu o cotidiano de milhares de brasileiros.
Estes sentimentos, no entanto, podem ser prolongados por mais tempo. As Paralimpíadas vêm aí. Os jogos olímpicos emocionam, mas os jogos paralimpícos contêm emoção redobrada. Exemplos de superação e força de vontade estarão mais do que nunca presentes, porém, sem o brilho que merecem. Sabe-se que as Paralimpíadas têm menos repercussão que as Olimpíadas. É fato; e é triste.
Apesar disso, não vemos a desigualdade apenas nesse quesito. Ao andar pela calçada, muitos talvez não notem, mas a acessibilidade é quase nula. Deficientes físicos e mentais, infelizmente, não recebem do governo nem da população a atenção que precisam. Não precisam de atenção por serem “inferiores”, longe disso! Na verdade, as paralimpíadas mostram que são tão capazes quanto os ditos “normais”.
Há muitas coisas a resolver quando se trata desse assunto e, certamente, não é possível resolver os problemas todos de uma vez. No entanto, nesse momento temos uma oportunidade de ouro para dar o primeiro passo: vamos enaltecer as Paralimpíadas também, dar vez e voz a quem merece e quer mostrar seu potencial. De 7 a 18 de setembro, eles contam com você!
Tamires de Mello – 15 anos – 1ª série