Paratletas que pedalaram maratona em Brusque buscam apoio e sonham em disputar Paralimpíadas
Antônio e Pedro são acostumados à competições de longa distância
Antônio e Pedro são acostumados à competições de longa distância
Era notável a forte presença de vários paratletas na 1ª Fibra Fisio Marathon, a primeira maratona da história de Brusque e a primeira no Brasil após o início da pandemia. Do outro lado do mundo, em Tóquio, no Japão, está sendo sediado atualmente as Paralimpíadas.
Nem todos os atletas e paratletas conseguem realizar o sonho de disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão. De acordo com esportistas, o principal motivo que os impede de participar do maior evento esportivo do mundo é a falta de apoio e investimento nas modalidades.
As histórias de Antônio Carlos Sanchez, de 43 anos, e Pedro Sérgio Reis, 25, são semelhantes. Paratletas de maratona, eles estiveram presentes no evento em Brusque e percorreram os mais de 42 quilômetros.
Antônio, que é de Camboriú, e Pedro, de São João Batista, utilizaram a bicicleta para realização do trajeto. Antônio, na ocasião, uma handbike, que é um ciclo de mão em que a pessoa pedala deitada, utilizando as mãos. O equipamento é usado, geralmente, por paratletas.
Apesar de morarem em cidades distintas, ambos representam o município de Balneário Camboriú nas competições, por meio do Instituto Catarinense de Esportes para Deficientes (Iced) e Fundação Municipal de Esportes (FME) de Balneário Camboriú.
Antes de iniciar a prova, Pedro falou sobre os treinamentos e disse que percorrer longas distâncias já é costume para a dupla. “A expectativa é muito boa. Estamos preparados. É uma rotina nossa fazer esta quilometragem”, diz.
O paratleta de Camboriú reforçou a fala do colega e comentou sobre outras provas de longa distância que já participou. “Estamos acostumados a pedalar distâncias longas, de 100 e 200 quilômetros. Eu participo do paraciclismo também, que é o esporte adaptado. Já participo há, mais ou menos, 15 anos”, comenta Antônio.
Para realizar o sonho de competir nas Paralimpíadas, é necessário garantir pontuação por ranking internacional, em que os paratletas precisam disputar competições no exterior. No entanto, Antônio e Pedro afirmam que, para isso ocorrer, necessitam de apoio.
“Queremos ir para uma Paralimpíada, mas para isso teremos que competir fora do Brasil primeiro, mas como vamos competir fora do Brasil sem ajuda? Eu sou o único de Santa Catarina que compete nesta modalidade (handbike)”, conta Antônio.
Apenas uma paratleta do comitê brasileiro da modalidade handbike está disputando as Paralimpíadas de Tóquio. Segundo Antônio, nem mesmo as premiações ajudam na busca por patrocinadores.
“Sou vice-campeão brasileiro e não tenho ajuda. É difícil. Estamos procurando ajuda há tempo”, diz. Além de disputarem maratonas de rua, Antônio e Pedro são, também, paraciclistas.
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