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Parque Zoobotânico de Brusque recebe quatro novos filhotes para tratamento de saúde

Corujas, tamanduá-mirim, cobra do milho e jiboias estão no local para reabilitação

A clínica veterinária do Parque Zoobotânico de Brusque está, desde a semana passada, com quatro novos pacientes. Duas corujas, um tamanduá-mirim e uma cobra do milho – todos eles filhotes – se juntaram a duas jiboias, também recém-nascidas, para receberem tratamento.

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Cada um dos animais é oriundo de um local diferente e foram levados à instituição por meio de órgãos ambientais. Segundo a veterinária do zoo, Milene Zapala, a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) autorizou o Zoobotânico, neste ano, a receber animais na clínica. Antes, apenas os indivíduos do atual plantel eram atendidos no local.

Embora os filhotes estejam em tratamento no parque, está sob avaliação a permanência para exposição. O biólogo e responsável técnico do parque, Rodrigo de Souza, explica que os órgãos ambientais decidem o procedimento pós-tratamento.

“Os órgãos ambientais vão avaliar a situação do animal e ver se é possível ou não reintroduzi-lo na natureza. Então eles decidem qual o melhor destino e nós temos de acatar”, explica Souza.

Confira como está a situação dos filhotes e qual a origem de cada um:


Corujas

Por meio da Polícia Militar Ambiental de Blumenau, os dois filhotes de coruja chegaram ao Zoobotânico na quinta-feira passada, 7. Os animais, que são da espécie Tyto furcata – também conhecida como suindara ou coruja de igreja -, foram encontrados após caírem do ninho em um galpão.

Segundo a veterinária do zoo, Milene Zapata, não foi possível devolvê-los ao ninho, por isso, o órgão ambiental encaminhou os filhotes ao parque. Ela explica também que, como um dos animais está com uma fratura em uma das pernas, a equipe imobilizou o membro.

Foto: Juliana Eichwald

Ainda de acordo com Milene, durante a estadia no zoo, os filhotes permanecem em local aquecido. Além disso, como eles têm cerca de um mês de vida, recebem alimentação de três em três horas.

“Nós temos o biotério, que é um local onde criamos ratos para alimentar os nossos animais, então pegamos o rato, sacrificamos e damos pedacinhos para as corujas. A mãe alimenta os filhos regurgitando o alimento, então temos de deixar semelhante para eles”, diz.


Tamanduá-mirim

O filhote de tamanduá-mirim, que tem cerca de dois meses de vida, foi encontrado em Brusque e foi encaminhado pelo Corpo de Bombeiros ao hospital veterinário SOS Animais. Segundo a veterinária do zoo, a mãe do animal foi morta e o filhote apresentava algumas escoriações leves quando chegou ao hospital.

Foto: Juliana Eichwald

“O hospital cuidou desses pequenos ferimentos e alimentou o animal, depois ele foi encaminhado aqui para o zoo. Chegou aqui na sexta-feira passada”, afirma Milene.

Assim como os filhotes de coruja, o tamanduá também é alimentado de três em três horas. A alimentação, explica a veterinária, é a base de cupim e de formiga. Porém, o zoo também faz uma papa especial para o filhote.


Jiboias

Apreendidas pela Polícia Militar Ambiental em Joinville, as duas jiboias são os filhotes que estão há mais tempo na clínica veterinária do zoo. Na última quinta-feira, 7, elas completaram um mês na instituição.

Foto: Juliana Eichwald

De acordo com Milene, a espécie não é peçonhenta e é fácil de manusear e manter. Os filhotes são alimentados uma vez por semana com pedaços de ratos.


Cobra do milho

Espécie originária dos Estados Unidos, a cobra do milho chegou ao Brasil por meio de criadores. O filhote que o zoo acolheu foi entregue por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) na segunda-feira passada, 4.

Foto: Juliana Eichwald

Segundo Milene, a Fundema recebeu a cobra de alguém que mantinha o animal como mascote. Ela afirma ainda que a cobra do milho não é peçonhenta e também se alimenta de ratos. Além disso, o animal também precisa de aquecimento.