Parque Zoobotânico receberá monumento do padre Raulino Reitz
Religioso e botânico prestou relevantes serviços a Brusque e ao país
Religioso e botânico prestou relevantes serviços a Brusque e ao país
O padre Raulino Reitz será homenageado com uma escultura no parque Zoobotânico de Brusque. O motivo da deferência é o centenário de nascimento do religioso, historiador e botânico, celebrado neste ano.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, João Beuting, diz que o custo será de R$ 6,5 mil, que vão sair da conta do Zoobotânico. O serviço já foi contratado com o artista plástico Karl Teichmann.
A previsão de entrega é 5 de dezembro. Segundo Beuting, o monumento, que vai ter 1,85 metro de altura, é uma homenagem ao padre.
O local onde ficará a escultura foi escolhido por um motivo: conforme a lei municipal 1.636, de 22 de março de 1991, sancionada pelo então prefeito Ciro Roza, o nome oficial do parque é “Parque Ecológico Zoo-botânico Padre Raulino Reitz”, enquanto que a Fundação Parque Zoobotânico é sua mantenedora.
Na reforma da Parque Zoobotânico, em 2016, foi omitida a denominação oficial. Assim, para efeito do turismo, o parque é reconhecido apenas pela mantenedora. O motivo da omissão do nome do padre é desconhecido.
Padre Raulino foi uma figura destacada. O escritor Aloisius Carlos Lauth, que estudou a fundo a história do religioso, conta que ele teve participação fundamental no enfrentamento da epidemia de malária que atingiu Brusque e o litoral catarinense.
O padre ficou famoso devido ao seu trabalho junto à comissão do Ministério da Saúde que se estabeleceu em Brusque, com a finalidade de determinar o agente causador da doença.
Na época, suspeitava-se que as bromélias, conhecidas como gravatás, poderiam ser as causadoras da malária. Padre Raulino, botânico, realizou o estudo que comprovou que as plantas não tinham relação com a epidemia.
Padre Raulino Reitz também foi diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no governo de Ernesto Geisel. Além disso, ele foi ele quem idealizou a criação da Fundação do Meio Ambiente, a Fatma, que hoje é o IMA.
Aloisius Carlos Lauth também lançará dois livros sobre o botânico neste ano. Ele explica que um deles é intitulado “Flagelo da malária em Brusque”, contando a epidemia da doença na cidade no período de 1946-52. Valoriza os locais onde o padre trabalhou: Caixa dágua, Azambuja, SAB, Observatório Astronômico, embora não fosse ainda criado, e a Chácara Edith.
Já a obra “Selva de Pedra” trata da administração de padre Reitz no Jardim Botânico do Rio, anos de 1971-75, quando ele se aproximou de Geisel.