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Parques viram alternativas para passeios sem sair de Brusque

Visitantes destacam demanda por mais opções e melhoria de infraestrutura

Parques e áreas públicas são alternativas de passeio e lazer para moradores de Brusque e visitantes ao longo do ano. Na época de férias escolares, os locais também são opções de entretenimento para as crianças e jovens, mas é preciso estar atento quanto às limitações de infraestrutura disponível nos espaços.

Entre as três alternativas visitadas por O Município, na última semana, o parque Zoobotânico foi a única com cobrança de entrada, de R$ 5. Ela também é uma das alternativas mais completas. Além da variedade de animais e áreas com sombra, dispõe de banheiros, opções de alimentação e de recreação para crianças. O acesso fácil e a disponibilidade de estacionamento também são pontos positivos.

Moradora do Bateas, Jéssica Letícia Reis, 28 anos, costuma procurar espaços públicos para o entretenimento com as três filhas praticamente todos os finais de semana. Na última sexta-feira, havia optado pelo Zoobotânico como destino para as filhas de 10 e 5 anos.

Ela também costuma frequentar praças, como a Sesquicentenário e o parque Leopoldo Moritz. Na avaliação dela, as duas alternativas apresentam limitações. Brinquedos quebrados e a falta de manutenção, como no chafariz da praça estão entre as principais demandas, de acordo com ela.

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Para ela a situação é a mesma para a Praça Gilberto Colzani, no Centro. “Se pensar em quem vem de fora, visitar ou fazer compras e traz crianças, acho que não vai levar uma boa impressão”.

Mais alternativas
O paranaense Pedro de Paula Leite Júnior mora em Brusque há sete anos e aproveitou uma folga para levar o filho e um amigo, de 12 anos para brincadeiras ao ar livre. O local escolhido foi o parque das Esculturas.

Ele reconhece a dificuldade geográfica de se expandir o número de opções de parques na cidade, mas destaca a necessidade, pelo bem-estar dos moradores. Ele afirma que os bairros também deveriam ser contemplados. “Tem que multiplicar a ideia, mas pela qualidade que se oferece nelas, está muito bom e correto”.

De acordo com ele, pelo número de locais, a infraestrutura oferecida poderia ser mais completa. Exemplifica com o próprio parque das Esculturas, que não possui alternativas de alimentação próxima.

Leite destaca como pontos positivos, além do espaço amplo, a segurança disponível para os visitantes. Na área, um bebedouro, banheiros, brinquedos e uma academia ao ar livre estão disponíveis. Quarenta esculturas de artistas de diferentes países são a principal atração do espaço interno.

Segundo o diretor do parque, Ivo Marchi, para 2019, ações para melhoria da estrutura e para divulgação do ponto turístico devem ser desenvolvidas. Por semana, ele estima que cerca de 400 pessoas passem pelo local. O espaço tem entrada gratuita e está aberto entre as 9h e 21h.

Marcelo Gouvêa

Quase 30 anos de dedicação
Nos últimos 26 anos, José Valmor Vogel atua no bar do parque Leopoldo Moritz. Ele mantém a área praticamente sozinho, só terceiriza o serviço de roçadas. O trabalho de limpeza é diário e motivo de orgulho para Vogel.

Quem optar pelo local também não precisa pagar entrada e tem dois quiosques com churrasqueira e outras três estruturas móveis disponíveis. No parque, os animais também são atrativos para os visitantes e é possível apreciar ele por uma ponte pênsil sobre uma lagoa do local.

Marcelo Gouvêa

O parque costuma ser o destino de até 50 pessoas durante os finais de semana. De acordo com o filho de Vogel, Fred, o parque é um ponto de encontro tradicional, por ser uma opção arborizada dentro do centro da cidade. Ele lamenta a demora na manutenção do avião instalado na entrada do local, um dos cartões postais do município, que está danificado desde 2017. Outro atrativo que está na memória dos visitantes é o teleférico, ligando ao Zoobotânico.

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Ele reconhece a demanda por melhorias no local. Destaca a necessidade de atenção aos brinquedos e a instalação de mais bancos. Outro ponto que exige manutenção é a a ponte pênsil, conforme publicado por O Município, em 2018. O parque ainda conta com banheiros e estacionamento.

Descobertas em família
A família de Elenilson da Silva, 29, ainda está conhecendo a cidade. Segundo o morador do Dom Joaquim, alternativas de espaços de lazer nos bairros são limitadas e é preciso se deslocar até o Centro ou ao Parque das Esculturas, um de seus pontos favoritos.

De acordo com Silva, um amigo da família que frequentou a cidade esteve no local e já tem planos de voltar. Segundo ele, com mais alternativas de alimentação próximas aos espaços, poderia ser ampliado o tempo das famílias em atividades ao ar livre.

Marcelo Gouvêa