Participantes vieram de vários cantos do estado participam do Pedal de Fim de Ano
A 8ª edição do evento ultrapassou as expectativas da organização do evento e teve mais de 350 participantes inscritos, aumento de quase uma centena
Vitor Nascimento Maria, de 11 anos, era a mostra de que a paixão pelo ciclismo não tem limites nem idade ontem nas primeiras horas da manhã, na largada da 8ª Edição do Pedal de Fim de Ano. Os olhos do jovem ciclista ao lado de sua mãe, Luciana Barbosa Nascimento, denunciavam que andar em duas rodas está no sangue desta dupla. “Sempre pedalamos em Itajaí, de onde viemos. Hoje (ontem), saímos às 5h de lá para participar do pedal”, disse a mãe enquanto aguardava o início da prova.
A 8ª edição do pedal ultrapassou as expectativas da organização do evento e teve mais de 350 participantes inscritos, aumento de quase uma centena. Eles vieram de 27 cidades de vários cantos do estado e eram tanto atletas de competição quanto amadores que são movidos pela paixão pelo esporte. Alguns deles, como é o caso de Luciana, já estiveram outras vezes no evento. “Participei aqui no ano passado. A organização estava boa, mas foi muito desgastante. Tinha muito sol e o percurso é puxado”, diz ela. Precavida pela experiência do ano passado, a mãe levou protetor solar e pomada contra assaduras para ela e para o filho.
Se Vitor representava a paixão pelo ciclismo desde cedo, Luis Valdemiro da Silva era o sentimento consolidado. Ciclista há dois anos, o homem de 59 anos de idade veio de Três Barras, no Norte catarinense, para participar pela primeira vez do Pedal de Fim de Ano. Para vir até Brusque, dispensou o carro e veio pedalando sozinho cerca de 290 km. “Preparei-me psicologicamente e fisicamente para o trajeto e para participar aqui”, afirma. Ele saiu na quarta-feira, 10, da cidade onde mora. Ficou um dia em Nova Trento, onde aproveitou para fazer uma peregrinação no Santuário de Santa Paulina, e então rumou para Brusque.
A façanha de Luis foi, inclusive, destacada pelos organizadores, que falaram ao microfone sobre o percurso feito por ele para estar em Brusque. “Este é o cara para ficar de olho”, brincou Léo Imhof, principal coordenador do evento, minutos antes da largada.
Outro que não mediu esforços para participar do pedal foi Adilson Américo, de 47 anos. Ele percorreu os 176 km de distância entre Brusque e Rio Negrinho na bike. Vieram em dois, para fazer companhia e suportar a alta carga de esforço físico, e ficaram em um hotel da cidade por um dia para se recompor. Ontem, nas primeiras horas do dia, ele já estava dentre os outros atletas.
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Preparo físico
Diferentemente de um passeio ciclístico, o Pedal de Fim de Ano exige um bom preparo físico por parte dos participantes, porque o percurso é longo e tem muitas dificuldades. Em alguns trechos, os atletas chegam a alcançar 25 km de velocidade com a bicicleta. O percurso de 59 quilômetros inicia no pavilhão passando pela avenida Bepe Roza, a Beira Rio, e centro de Brusque. Em seguida, os atletas seguem pelo bairro Guarani rumo à área central de Guabiruba, sentido Guabiruba Sul. Para finalizar, é necessário atravessar o Lageado Alto, com destino ao morro do Santo Antônio e chegada ao parque ‘Lá nas Trutas’ para almoço.
O evento é promovido pela equipe Darbike e conta com o apoio da Fundação Municipal de Esportes de Brusque, secretaria de Turismo e da secretaria de Esportes Lazer e Assuntos para a Juventude da Prefeitura de Guabiruba.