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Páscoa: celebração da Vida Nova

Domingo passado celebrávamos a Solenidade da Páscoa. Todos os anos, a Igreja Católica celebra a Páscoa do Senhor. É a festa central do calendário litúrgico católico. Até hoje, também, é a data que determina boa parte dos eventos civis (Carnaval, por exemplo), durante o transcurso do ano. A Igreja Católica orienta toda a sua vida, […]

Domingo passado celebrávamos a Solenidade da Páscoa. Todos os anos, a Igreja Católica celebra a Páscoa do Senhor. É a festa central do calendário litúrgico católico. Até hoje, também, é a data que determina boa parte dos eventos civis (Carnaval, por exemplo), durante o transcurso do ano. A Igreja Católica orienta toda a sua vida, a partir de dois ciclos: o do Natal e o da Páscoa, respectivamente relacionados ao Natal (25 de dezembro) e à Páscoa (sem data fixa). Ambos auxiliam na caminhada da fé, na construção do Reino de Deus.

A Quaresma é a preparação e mais proximamente o Tríduo Pascal (de quinta-feira até o Domingo da Ressurreição). Durante este tempo quaresmal, celebra-se de modo particular, o itinerário da vida de Jesus nos aspectos de sua Paixão, Morte (Quaresma) e Ressurreição (Páscoa). Pela Ressurreição, a Igreja celebra com muito júbilo a Vitória de Jesus Cristo sobre o pecado. O pecado, negação do projeto de Deus, se fez presente em seu corpo, por meio da simbologia da pesada cruz no caminho do Calvário, onde Ele, pela condenação e maldade humanas, experimentou a sua Paixão e Morte.

A palavra páscoa tem sua origem na língua hebraica – pessach. Para o povo e a cultura hebraicos significava a passagem do estado de escravidão (Egito) para a liberdade (libertação) da Terra Prometida (Israel), simbolizada na travessia do Mar Vermelho sob a liderança de Moisés. É libertação de um povo. Não de alguém (indivíduo) em particular. É vida nova para uma população inteira que liberta da escravidão inicia uma nova etapa de sua vida.

A Páscoa do Senhor é sempre sinal de passagem de uma vida antiga ou velha, mergulhada na experiência da escravidão do pecado pessoal e social, para uma realidade nova e restaurada, que nos convida a viver no seguimento do Cristo que ressuscitou e está no meio de nós. É o “Novo Moisés” que liberta e conduz o “Novo Povo Eleito” não para uma terra prometida (terrena), mas para a “Terra das Bem-aventuranças” da felicidade que se manifesta em todas as dimensões da vida humana, neste mundo e na vida futura.

A Páscoa é celebrada na noite do Sábado Santo, na celebração da Vigília Pascal e no Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não é celebrada em apenas um dia, ela é duradoura em nossas vidas. Na liturgia da Igreja Católica, a Páscoa possui tempo próprio de celebração chamado Tempo Pascal. Por tempo Pascal, em sentido estrito, entende-se o que vai da Quinta-Feira Santa, início do Tríduo Pascal, até ao Domingo de Pentecostes, Festa do Espírito Santo.

Na celebração da Vigília Pascal abençoa-se o Fogo Novo e se acende o Círio Pascal (Vela grossa, onde há a representação de uma cruz, os números do ano em curso (2024) e as letras gregas Alfa e Ômega e os cinco cravos das Chagas do Cristo). O Círio Pascal permanecerá aceso durante todo este tempo em nossas igrejas, durante as celebrações litúrgicas, como expressão maior da Luz de Cristo, que ilumina as nossas vidas.

Celebrar a Páscoa de Jesus Cristo é proclamar a Boa Nova da Salvação. O sepulcro está vazio, Ele não está lá, Ressuscitou. Do sepulcro vazio, surge a Nova Vida. Vida Plena para aquele que crê na Pessoa e na Proposta do Senhor Ressuscitado. Vida que, como toda vida, necessita de alimentos e cuidados permanentes. Por isso Páscoa celebra-se, em uma data, mas vive-se a vida inteira, sem interrupção.

Vivendo todos os dias o espírito pascal, essa prática nos encaminhe sempre mais para viver a Vida Nova que conquistou para nós e que recebemos como projeto de vida, em nosso batismo.