Passagem da tocha olímpica em Brusque reúne mais de mil pessoas
Revezamento do fogo simbólico foi feito por atletas de diferentes gerações
Revezamento do fogo simbólico foi feito por atletas de diferentes gerações
Um dos grandes símbolos mundiais da paz e do esporte cruzou o Centro de Brusque e foi acompanhado por mais de mil pessoas. A chama olímpica, que chegou de helicóptero no estádio Augusto Bauer, foi transportada pela cidade por pelo menos 20 minutos.
Nomes importantíssimos para a história do desporto brusquense tiveram a honra de carregar o fogo simbólico em tochas entregues pela empresa responsável pelos jogos, a Rio 2016. Foram gerações diferentes de desportistas, entre ex-atletas, atletas em atividade e paratletas que defenderão o Brasil nas Paralimpíadas.
A chegada
A euforia para a chegada da tocha era grande. Cerca de 600 alunos da rede pública de ensino, liberados para acompanhar a chegada do fogo olímpico, tomaram as arquibancadas e corredores do estádio Augusto Bauer. Pontualmente às 14h, o helicóptero da Havan apontou no horizonte. Seu barulho característico gerou gritos e aplausos.
Dentro do helicóptero estava a lamparina contendo o fogo capturado em Itajaí. Isso porque o evento em Brusque foi extraoficial, uma vez que a cidade não estava no roteiro original da passagem da tocha. Ao mesmo tempo, Ilhota recebia a passagem da tocha oficial.
Revezamento
O helicóptero pousou no meio-de-campo, e Orlando Francisco Müller, o Pipoca, que fez parte da comissão que criou os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), foi o primeiro a acender a tocha e carregar até a trave próxima da arquibancada geral. Pipoca passou para Tiago Visconti, neto de Rubens Facchini, comendador do esporte catarinense e um dos criadores dos Jasc. Visconti transmitiu a tocha para Ariberto Tridapalli, maratonista de 74 anos que, com uma bela corrida, levou até Amanda Lyssa, a Amandinha, melhor atleta de futsal do mundo e jogadora do Barateiro. Amandinha levou até Soelito Gohr, ciclista medalhista tanto nas Olimpíadas quanto nas Paralimpíadas.
Gohr teve a responsabilidade de levar a tocha até o caminhão do Corpo de Bombeiros, estacionado no corredor do estádio Augusto Bauer. Em cima do caminhão, mais personalidades que se confundem com a própria história do esporte brusquense e catarinense participaram da festa. Elisa Schlösser Niehbur, filha do criador dos Jasc, Arthur Schlösser, comemorou muito em cima do caminhão enquanto ele partia pelas ruas da cidade junto de sua amiga, Rute Hoffmann, ex-voleibolista nos Jasc. O primeiro porta-bandeira de Brusque nos Jasc também estava lá, Marco Armando Andrade, o Maninho, junto de seu companheiro de basquete na competição dos anos 1960, Vinicius Bado, o Badão.
Carregaram a tocha também atletas das mais recentes gerações, como o campeão mundial de bicicross Rodrigo Welter e o ex-nadador Rogério Branco. Completou e carregou a tocha por último o multicampeão paralímpico Matheus Rheine, que terá a grande responsabilidade de lutar por medalhas nas Paralimpíadas do Rio.
A tocha passou pelas ruas Lauro Müller, Conselheiro Rui Barbosa, Alexandre Athanásio Gevaerd, Prefeito Germano Schaefer e Gustavo Schlôsser, até voltar para a Lauro Müller e o estádio. No caminho, muitos aplausos e sorrisos. Comerciantes saíram de seus locais de trabalho para acompanhar a curiosa passagem da delegação.
Fazendo muita festa no topo do caminhão, os esportistas brusquenses animaram as pessoas que pararam para acompanhar. No retorno até o Augusto Bauer, mais festa dos jovens estudantes presentes. O fogo não chegou a ser levado até o helicóptero, que manteve a lamparina. O objeto foi transferido para Blumenau.