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Passagem de ônibus ficará mais cara

Consórcio Nosso Brusque quer aumentar tarifa ainda este mês; percentual do acréscimo ainda não foi definido

O consórcio Nosso Brusque enviará à prefeitura de Brusque proposta para aumentar o valor da passagem de ônibus até o fim deste mês ou início de fevereiro. O diretor do Nosso Brusque, Artur Klann, afirma que a tarifa atual está defasada e que o acréscimo levará em conta a redução no valor ocorrida em junho de 2013, após as manifestações que sacudiram o país. A administração municipal informa que ainda não foi notificada e que analisará a situação.

Klann afirma que o Nosso Brusque já encomendou de uma empresa terceirizada um estudo técnico da planilha de custos para saber quanto será acrescido ao valor da passagem. “Como faz mais de um ano que não há aumento, está defasado, os custos com pessoal e combustível, por exemplo, aumentaram”, diz ele. O diesel, por exemplo, foi reajustado pelo governo em novembro do ano passado em 5%.

O diretor diz que ainda não sabe informar o percentual de reajuste do bilhete, mas que “não será diferente do que está sendo feito em outras cidades”. Várias cidades anunciaram aumento da tarifa de transporte coletivo. Capitais como São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) subiram o valor unitário em quase 15%, mais do que os cerca de 7% que haviam sido aplicados em maio de 2013 e que depois foram revogados. Na região, Blumenau passará a cobrar 3,30 por passagem, 10% a mais do que os R$ 3 atuais. Estes aumentos são maiores do que a inflação acumulada dos últimos 12 meses, que foi de 6,4%.

Em Brusque, segundo Klann, não será diferente. A planilha levará em conta o preço represado do reajuste de maio de 2013. “O ideal é que se tenha um aumento todo ano”, afirma ele. Naquela época, o aumento de R$ 0,25 (11,53%) chegou a ser anunciado, porém não entrou em vigor. Depois das manifestações de junho a presidente Dilma Rousseff editou uma Medida Provisória e isentou as empresas de transporte coletivo urbano de dois impostos federais: Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o que corresponde a uma redução de 3,65% nos custos. Com isso, a passagem embarcada que seria R$ 2,90 ficou em R$ 2,80 e no cartão caiu de R$ 2,85 para R$ 2,75, em Brusque.

Por meio da Secretaria de Comunicação, a Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram) diz que ainda não recebeu nada, mas que analisará a proposta assim que receber, o que deve ocorrer até o fim de janeiro ou mais tardar início de fevereiro, segundo o diretor do Nosso Brusque.

A parte mais interessada neste aumento é a população. A pensionista Marlene Marchewsky, moradora do bairro Thomaz Coelho, diz que usa o transporte coletivo regularmente e é contra porque o custo de vida na cidade é muito alto, na visão dela. Joel Nascimento, que mora no Rio Branco e pega ônibus todos os dias para trabalhar, reclama da qualidade do serviço. “Tem que aumentar os horários para o Rio Branco, aí sim podem aumentar a passagem”, diz ele. Andreia Feitosa Andrade, estudante da Limeira, considera o serviço prestado de boa qualidade, mas que o aumento será ruim para as contas pessoais.

População

A parte mais interessada neste aumento é a população. A pensionista Marlene Marchewsky, moradora do bairro Tomás Coelho, diz que usa o transporte coletivo regularmente e é contra porque o custo de vida na cidade é muito alto, na visão dela. Joel Nascimento, que mora no Rio Branco e pega ônibus todos os dias para trabalhar, reclama da qualidade do serviço. “Tem que aumentar os horários para o Rio Branco, aí sim podem aumentar a passagem”, diz ele. Andreia Feitosa Andrade, estudante da Limeira, considera o serviço prestado de boa qualidade, mas que o aumento será ruim para as contas pessoais.