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Pastor Lindolfo Weingärtner: De alma para alma – Parte III

Dando continuidade à série de artigos em homenagem ao Pastor Lindolfo, a coluna de hoje tem como tema o seu segundo casamento. Viúvo desde 1989, ele se uniu em segundas núpcias com Erna Jönk, nascida em Brusque em 1931, filha de Ludwig Maximilian (Max) Jönk e Bertha Maria Fürbringer Jönk. Erna havia sido confirmada por […]

Dando continuidade à série de artigos em homenagem ao Pastor Lindolfo, a coluna de hoje tem como tema o seu segundo casamento. Viúvo desde 1989, ele se uniu em segundas núpcias com Erna Jönk, nascida em Brusque em 1931, filha de Ludwig Maximilian (Max) Jönk e Bertha Maria Fürbringer Jönk. Erna havia sido confirmada por ele em 1945 e a graça de Deus permitiu que o casal se reencontrasse na maturidade para experimentarem juntos o declinar da vida.

O reencontro com a aluna confirmanda
A história do reencontro é interessante. Mas antes cabe aqui um “parêntese” para falar um pouco sobre o Ministério do Pastor Lindolfo em Brusque que e explica como eles se conheceram. Quem contava era ele próprio:

“Em abril de 1945, fui comunicado de que deveria assumir a paróquia de Brusque, até então atendida pelo pastor Grassmann. Brusque, no final da Grande Guerra, já era uma cidade industrial com características típicas e, além da comunidade de Brusque, eu também deveria atender a de Itajaí. E assim eu destinava um fim de semana por mês ao serviço em Itajaí e, no restante do mês, atendia a Brusque. Eu tinha uma aranha como meio de locomoção, guardada num estábulo próximo, que abrigava também o cavalo, mas eu só costumava usar a aranha para visitar o senhor Max Jönk, membro do presbitério e dono de uma fazenda nas cercanias da cidade, que estava bastante adoentado por aquele tempo.

Em maio, tivera início o curso de ensino confirmatório. Duas vezes por semana, a turma de cerca de 50 jovens vinha para o ensino de uma hora e meia de duração, no centro comunitário da igreja. Fui exigente com a turma. Dentre eles, havia uma menina que, sem favor, ressaltava aos demais alunos. Quando ninguém se prontificava para fazer um cartaz grande com mapa das viagens do apóstolo Paulo, era ela quem se oferecia. Era a filha de Max Jönk. Era a Erna Jönk que, 45 anos mais tarde, se tornaria minha esposa, após a morte da Oma Margret. O tecido da nossa vida é mesmo intrincado. Ele inclui fios pretos, brancos e coloridos. Por vezes, o produto final do tear nos surpreende e nos enche o coração de gratidão”.

O casamento da maturidade
Em 1990 seriam comemorados os 45 anos de confirmação da turma de Erna e o Pastor Lindolfo foi convidado para participar das festividades. Foi nesse dia que os olhares de Erna e Lindolfo brilharam de forma diferente. Era novembro. Começou a troca de cartas e em fevereiro de 1991 se casaram. Iniciava-se, ali, uma nova fase da vida e, em 1992, viajaram para a terra dos antepassados Jönk, na Alemanha. Ela já tinha ido até Flensburg em busca das suas raízes, mas aquela viagem foi especial. Segundo Erna:

Flensburg é uma cidade agradável, situada às margens da Flensburger Förde, uma baía da Ostsee, do Mar Báltico. Hospedamo-nos e passeamos pela cidade, visitamos igreja, fomos ao Pastorat e cumprimentamos o Pastor. Um dia, fomos a pé para Königsförde. Era tempo de colheita. Encontramos vários tratores com caçambas cheias de grãos. O sol brilhava, e o vento soprava como é comum na região. À beira do caminho, amoras suculentas sorriam para nós, e eu e Lindolfo nos servimos à vontade.

Era aniversário de Erna e Lindolfo a presenteou com um lindo buquê de flores. Um singular presente de aniversário.

Ao se referir a sua esposa, o Pastor Lindolfo dizia:

“Experimento o declinar do dia na paz de Deus, ao lado de minha querida esposa Erna, com a qual Deus me presenteou. Assim está chegando ao fim o caminho de minha vida. O círculo continua aberto. Deus vai fechá-lo definitivamente em seu Reino, depois de transformar a sua criatura imperfeita. Louvado seja o seu nome!

O tempo passou rápido, e o casal chegou a comemorar 27 anos de casamento.